Luanda - O futuro Hospital dos Queimados, em construção na Centralidade do Kilamba, vai contar com câmaras hiperbaricas, modalidade terapêutica de alta tecnologia que fornece oxigênio puro, anunciou, este sábado, a ministra da Saúde, Sílvia Lutukuta.
A responsável falava à imprensa, no final da jornada de campo do Presidente da República, João Lourenço, que envolveu inspeção às obras de reabilitação e ampliação do Hospital Américo Boavida, do Hospital dos Queimados na Centralidade do Kilamba, e do futuro Complexo Hospitalar Pedro Maria Tonha "Pedalé".
"Teremos, pela primeira vez no nosso sector, câmaras hiperbaricas que nos ajudarão a complementar o serviço de queimados e outras patologias com essa necessidade", adiantou a ministra.
A Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB) oferece aos pacientes benefícios terapêuticos para as mais variadas doenças. É um tratamento auxiliar aos antibióticos, cirurgias e importante no tratamento de feridas.
Obras do Hospital Pedalé seguem a bom ritmo
A ministra Sílvia Lutukuta lembrou que, depois de momentos menos bons, as obras do futuro Complexo Hospitalar Pedro Maria Tonha "Pedalé" decorrem com toda a segurança e a bom ritmo, cuja inauguração está prevista para o final deste primeiro trimestre.
Segundo a ministra da Saúde, o empreiteiro recebeu recomendações expressas do Titular do Poder Executivo para concluir o mais rápido possível esta infra-estrutura, baptizada com nome do antigo militar e político angolano Pedro Maria Tonha “Pedalé”.
Sílvia Lutukuta salientou que a infra-estrutura terá todas as valências de um hospital moderno com serviços de hemodiálise, imagiologia e centro de insto-compatibilidade. O Complexo Hospitalar prevê também fazer transplantes e serviços de oncologia.
Fez saber que o Hospital Pedalé se diferencia do Américo Boavida por ter, além de sala operatória para cirurgia simulada, um robot dedicado só à formação e outro para assistência.
Serviço de robótica
Disse que a robótica é um facto no país, tendo sido iniciada no Hospital Cardeal Dom Alexandre do Nascimento com a robótica para assistência e robótica para formação.
Hospital Américo Boavida
No Hospital Américo Boavida, para além da construção de novos edifícios, estão a ser reforçadas as fundações e a própria estrutura do edifício antigo.
Sílvia Lutukuta informou que o Hospital Américo Boavida terá 604 camas e um serviço de alta complexidade. Terá ainda uma área para infecto-contagiosos com autonomia laboratorial, de imagem e operatória.
O Hospital Américo Boavida está a ser reabilitado com recurso a um empréstimo de 131 milhões de dólares contraído junto da GemCorp.
A despesa, no valor global de 131, 6 milhões de dólares, servirá para a reabilitação, ampliação e apetrechamento do hospital e divide-se pela empreitada (USD 126, 2 milhões), serviços de fiscalização (USD 1,4 milhões) e os serviços de gestão da operação (USD 3,8 milhões).
Já o Hospital dos Queimados, cujas obras decorrem a bom ritmo, terá capacidade de 248 camas, das quais mais de 60 dedicadas só a queimados e as restantes irão complementar com valências de um hospital geral.DC/ART