Benguela - O novo primeiro secretário provincial do MPLA em Benguela, Manuel Nunes Júnior, pediu, neste sábado, que os militantes do partido mantenham e intensifiquem a sua unidade e coesão internas, visando o fortalecimento da organização.
Manuel Nunes Júnior falava na sequência da VI Conferência Provincial Extraordinária do MPLA em Benguela, na qual foi eleito ao cadeirão máximo do partido no poder nesta circunscrição do país, com 611 votos a favor (99, 18 por cento), substituindo assim Luís Manuel Nunes.
Dirigindo-se aos 761 delegados presentes, o agora primeiro secretário do MPLA em Benguela lançou o repto aos militantes para que reforcem cada vez mais a unidade para fazer face aos desafios que o partido tem pela frente.
Evocou a resistência do partido às agressões de forças externas e internas que as apoiavam, nas décadas de 70 e 80, a conquista da paz definitiva em 2002, o início da reconstrução do país e a criação das bases para o desenvolvimento.
"Agora, temos de ser capazes de dar continuidade a esta obra já iniciada pelo nosso partido: a de fazermos de Angola um país desenvolvido, próspero e que garanta o bem-estar dos seus cidadãos", salientou.
E considera esta a grande tarefa que "temos pela frente em relação à qual não podemos fracassar", daí asseverar ser importante que o partido se fortaleça do ponto de vista organizativo.
"Devemos dar mais importância ao que nos une e não àquilo que nos divide", alerta, focalizando a militância, a vontade e a determinação de tudo fazer para o bem-estar do povo como factores que unem os militares.
De igual modo, também chamou a atenção para os factores que criam divisões, como a intriga, a inveja, os "mujimbos" (murmúrios) e a falta de camaradagem.
"Num ambiente em que abunda a intriga, a falta de camaradagem e a inveja não é possível que as pessoas se concentrem e se foquem naquilo que é o mais importante: resolver os problemas do povo", salientou.
É que, segundo ele, num ambiente destes, "quem perde é o nosso partido e o povo angolano (...). Não podemos permitir que tal aconteça".
Por isso, aprontou como missão trabalhar em conjunto e intensamente, para que o partido aumente cada vez mais a sua inserção na sociedade benguelense e consolide o seu papel de vanguarda, como tem feito desde a sua criação em 1956.
Ou seja, Manuel Nunes Júnior quer que o MPLA continue a ser o partido do coração dos benguelenses e a merecer a confiança de todos os segmentos da sociedade, nomeadamente dos operários, camponeses, funcionários públicos, empresários, estudantes, académicos, intelectuais, desportistas, religiosos e dos homens e mulheres de cultura.
Municípios
O primeiro secretário do MPLA prometeu que deverá trabalhar com todos os municípios, de modo a continuar a resolver os seus problemas mais prementes e a desenvolver as imensas potencialidades e oportunidades em cada um deles.
E anunciou como lema do seu mandato " Benguela: de município a município, rumo ao desenvolvimento".
"Como primeiro secretário do partido, estou aqui para trabalhar com o coração aberto e com toda a capacidade intelectual e física que me for permitida", finalizou.
Em seu discurso de despedida, o secretário provincial cessante, Luís Manuel Nunes, afiançou que deixa o cargo convicto dos passos dados na consolidação dos valores e objectivos do partido.
Aproveitou ainda para apelar os militantes à total coesão e ao apoio incondicional ao seu sucessor, à semelhança de quando esteve na liderança do partido na província.
Sob o lema " MPLA - Servir o Povo e Fazer Angola Crescer", a VI Conferência Provincial Extraordinária do partido governante foi testemunhada pela secretária do Bureau Político para a Política Económica e coordenar do Grupo de Acompanhamento à província de Benguela, Maria Idalina Valente.
Animado pelos músicos benguelenses Felino Chiwale e DJ Loló, o certame foi também prestigiado com a presença do primeiro secretário provincial do MPLA na Huíla, Nuno Bernabé Mahapi Dala, e do secretário para Informação e Propaganda do Comité Provincial de Luanda, Aguinaldo Jaime de Oliveira. JH/CRB