Benguela– Um total de 175 mil e 291 ex-militares, em todo o país, foram já contemplados pelo processo de reintegração sócio-produtiva, iniciado em 1992, no âmbito dos acordos de paz em Angola.
O referido processo teve início em 1992, quando Angola ainda estava mergulhada numa guerra civil que terminou em 2002.
Tinha como meta a reintegração de 241 mil e 400 antigos combatentes licenciados no âmbito dos acordos de paz de Bicesse, Lusaka, Luena e Namibe.
Ao discursar no encerramento do processo de reintegração dos ex-militares na província de Benguela, o secretário de Estado para a Acção Social, Lúcio Gonçalves Amaral, deu a conhecer que até 2017 foram reintegrados e registados no Sistema de Informação de Gestão (SIG) 160 mil e 863 ex-militares, dos 241 mil e 400 previstos.
Além disso, dos 80 mil e 537 ex-militares, que ainda estavam por reintegrar no período 2018-2022, foram contemplados, até a presente data, 14 mil e 428 cidadãos, perfazendo 175 mil e 291 já abrangidos.
Como havia necessidade de acelerar a conclusão do processo, o secretário de Estado fez referência ao recadastramento do efectivo remanescente e a depuração dos mesmos levado a cabo através do SIG.
De acordo com o responsável, isto permitiu apurar apenas 5.749 ex-militares por reintegrar.
O governante enquadrou a reintegração sócio-produtiva dos ex-militares nas tarefas prioritárias do Executivo angolano, visando o reforço da paz, a coesão nacional e a consolidação do processo democrático no país.
PR apoia reintegração dos ex-militares
Lúcio Gonçalves Amaral destacou a forma como o Presidente da República, João Lourenço, tem-se preocupado com a protecção e dignidade dos ex-militares, tendo para o efeito disponibilizado 604 tractores e respectivas alfaias agrícolas.
Para o secretário de Estado, estes meios têm permitido a inclusão produtiva dos ex-militares e, por essa via, aumentar a capacidade produtiva das cooperativas agrícolas, constituídas por este grupo alvo. JH/CRB