Benguela - Magistrados judiciais e do Ministério Público foram informados, nesta cidade, sobre o papel da Unidade de Informação Financeira na prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, soube esta sexta-feira a ANGOP.
Num encontro promovido pela UIF, procurou-se actualizar também os participantes sobre o papel desta instituição na luta contra a proliferação de armas de destruição em massa.
Os profissionais da justiça e não só foram ainda esclarecidos sobre aspectos relativos à criação de um ambiente de estabilidade, confiança e organização do sistema financeiro e não financeiro, bem como as formas de proteger Angola contra os referidos riscos.
Na ocasião, o director nacional adjunto da UIF, António Freire dos Santos, destacou a importância de uma melhor compreensão dos referidos problemas pelos diversos actores do sistema de justiça e financeiro, dada a complexidade e sensibilidade dessas matérias.
Segundo o responsável, combater o branqueamento de capitais é um grande desafio diante do grau de responsabilidade dessa matéria, e exige a contribuição de todas as forças vivas da nação, evitando-se o falso entendimento de ser uma missão única e exclusiva da UIF.
Entretanto, o delegado provincial das Finanças em Benguela, Gika Morais, adiantou que o branqueamento de capitais é um fenómeno relativamente recente, de carácter internacional, e a sua prevenção e sancionamento tem origem inicialmente em organizações internacionais, como a ONU, através de convenções, directivas, regulamentos e recomendações.
Em Angola, o branqueamento de capitais e o financiamento ao terrorismo são proibidos, prevenidos e punidos, nos termos da lei 5/20 de 27 de Janeiro, e lei 19/17 de 25 de Agosto.
Participaram também no encontro, com duração de um dia, profissionais do Serviço de Investigação Criminal, SINSE, Ordem dos Advogados de Angola e de bancos comerciais da região Centro.