Luanda - A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, apelou hoje, segunda-feira, ao cultivo do espírito de solidariedade e humanismo para com os cidadãos mais vulneráveis.
A dirigente partidária fez este pronunciamento, no decorrer de uma visita ao estabelecimento prisional feminino de Viana, tendo-se manifestado satisfeita com as condições sociais encontradas.
“Hoje vim a este estabelecimento prisional na qualidade de cidadã, para dar cumprimento aos princípios de solidariedade defendidos pelo partido no poder em Angola”, realçou.
Luísa Damião salientou que visitou o estabelecimento feminino, no âmbito do Dia da Mulher Africana, assinalado a 31 de Julho úlitmo, pelo facto de estarem privadas da visita de familiares, devido a pandemia do Covid-19, que assola o mundo.
Aproveitou a ocasião para salientar que as reclusas não devem sentir-se abandonadas pela sociedade, por terem cometido algum erro, pois possuem qualidades que podem contribuir para o desenvolvimento do país.
Apelou para que o tempo que as reclusas têm para cumprir as suas penas seja aproveitado para reflectir, de modo profundo, sobre o erro que cometeram e aprenderem com as acções de ressocialização.
O secretário de Estado para os Serviços Prisionais, Bamoquina Zau, afirmou que o estabelecimento prisional tem capacidade para 450 reclusas, tendo actualmente uma população penal de 244, das quais 31 estrangeiras.
Entre as estrangeiras estão cidadãs da África do Sul, República Democrática do Congo, Venezuela e Brasil, por crimes de tráfico de drogas, homicídio, burla e ofensas corporais.
No estabelecimento prisional encontram-se actualmente, com as suas progenitoras, três crianças, que contam com uma creche para a sua educação e assistência.
Para a sua reinserção na sociedade, as 244 reclusas beneficiam de cursos de culinária, corte e costura, pastelaria, artesanato, entre outros.
No final da visita, a vice-presidente do MPLA ofereceu alimentos, material de higiene e de cozinha.
A visita visou prestar solidariedade às mulheres internadas, incentivando-as a continuarem a participar nas acções de formação interna, assim como a ter uma visão real e actualizada sobre o funcionamento do estabelecimento penal, visando uma melhor sensibilização das autoridades competentes na salvaguarda dos direitos humanos das reclusas.