Lubango – O administrador do Lubango, Lisender André, solicitou, nesta quarta-feira, à 4ª Comissão de Administração do Estado e Poder Local da Assembleia Nacional, advocacia na “Casa da Leis” e nos ministérios, para o reforço do orçamento do município, sobretudo, na educação e na saúde.
O administrador que falava no final da reunião de balanço de dois dias da Comissão ao município, afirmou que a preocupação relativa aos orçamentos merece maior destaque, porque a actuação, enquanto administração local do Estado, gira em torno do cálculo disponibilizado.
“Gostaríamos de contar com esse apoio dos deputados, no sentido de olharem para as discussões que são feitas em torno dos orçamentos disponibilizados a favor do Lubango, porque é um município com mais de um milhão de habitantes e os representantes podem fazer alguma pressão para melhorar a distribuição da quota”, manifestou.
Destacou que precisam de reforço de orçamento a nível de saúde, pois têm de mais de 50 unidades, entre postos e centros de saúde e um hospital municipal, dos quais apenas três estão orçamentadas e outras estão em processo de orçamentação.
Já as escolas, segundo o administrador, ainda não estão orçamentadas, mas o facto de conseguirem que as mesmas estejam permitirá que as instituições, a seu nível, realizem um conjunto de despesas que ainda são suportadas pela administração e não chega, desde gastos correntes, de manutenção, com a segurança, entre outros.
Referiu que a experiência da visita dos parlamentares foi positiva, um exercício necessário a nível das várias comissões existentes na Assembleia Nacional, para perceber-se na primeira pessoas aquilo que são as preocupações das populações e intercederem para a resolução das mesmas.
Ao responder, o vice-presidente da 4ª Comissão de Administração do Estado e Poder Local da Assembleia Nacional, Paulo de Carvalho, comprometeu-se em ajudar neste sentido.
“Vamos tentar dentro do possível fazer a advocacia para o reforço do orçamento do Lubango. O choro é de todo lado, mas vamos fazer os possíveis”, reforçou.
Das preocupações manifestadas pelos utentes, destacou a necessidade de rever as paragens dos taxistas, prover créditos mínimos para os vendedores, a superlotação nas salas de aulas numa escola visitada, bem como a urgência de estudar-se uma forma de subvencionar ou fazer a isenção do pagamento para acesso às casas de banho.
Referiu serem preocupações manifestadas fruto da interacção com taxistas, lotadores, cobradores, engraxadores, vendedores de mercados, que foi salutar, pois percebem que os seus representantes estão preocupados com os seus problemas e sabem que os mesmos podem actuar para a sua resolução junto das autoridades locais ou das centrais.
“Vamos levar a informação a presidente da Assembleia Nacional e a partir daí vão ser contactamos os diferentes departamentos do Executivo, no sentido de contribuírem para a solução dos problemas encontrados”, salientou.
Para além da interacção com taxistas, vendedores de mercado, engraxadores da cidade, o grupo de deputados visitou a escola 200, o lar de acolhimento e atendimento à criança “O Ninho II”, o centro de saúde da Machiqueira e o Estabelecimento Prisional do Lubango.
Os deputados estão de visita à Huíla desde sexta-feira, 02, com a finalidade de verificar o grau de execução dos projectos inscritos no Orçamento Geral do Estado do sector público, enquadradas quer no Programa de Investimentos Públicos, como no Plano Integrado de Intervenção nos Municípios, assim como das estruturas autárquicas.
O grupo de deputados da 4ª Comissão de Administração do Estado e Poder Local da Assembleia Nacional está repartido em duas equipas, juntamente com os residentes da Huíla, sendo que a primeira está encarregue do Lubango e Chibia, a segunda, do Quipungo e Chipindo. As visitas terminam esta tarde e para sexta-feira está previsto o balanço geral do trabalho de constatação.
O município do Lubango, capital da província da Huíla tem uma superfície de três mil 140 quilómetros quadrados e uma população estimada em um milhão, 51 mil 775 habitantes. EM/MS