Luanda - A deposição de uma coroa de flores, o hastear da Bandeira Monumento e um sarau cultural marcaram, esta terça-feira, as celebrações do Dia do Herói Nacional, António Agostinho Neto, na província de Luanda.
O programa iniciou-se com o hastear da Bandeira Monumento, na Fortaleza de São Miguel, seguido da deposição da coroa de flores no sarcófago do primeiro Presidente de Angola, nascido a 17 de Setembro de 1922, em Caxicane, Icolo e Bengo.
No fecho do programa, presidido pelo Ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, realizou-se um sarau cultural, no Memorial Dr. António Agostinho Neto.
O momento foi marcado pela interpretação de canções em homenagem ao também conhecido "Poeta maior".
Abrilhantaram o momento, entre outros artistas, Romeu Miranda, Gizela Hossi e Maria Eduardo, Kapa Afonso, Anastácio Adão, Obadias Correia, Solene Neves, Judeth Ester e Mito Gaspar que interpretaram músicas e declamaram poesia como “Havemos de voltar”, “Dois anos de distância”, “Adeus a hora da largada”, entre outros.
Em declarações à imprensa, Francisco Pereira Furtado destacou as qualidades de Agostinho Neto enquanto político, nacionalista e Homem de cultura.
Conforme o ministro de Estado, a figura de Neto deve ser recordada eternamente de forma que a actual geração e as vindouras conheçam os momentos e os feitos do pai da Nação e proclamador da independência.
“Neto deixou um legado que deve ser estudado e conhecido por todas as gerações, não só de Angola como todas aqueles que visitam o país”, sublinhou.
Acrescentou ser importante reconhecer o papel e a dimensão de Agostinho Neto, na conquista da independência, como também na garantia da soberania e da paz, exemplos seguidos pelo ex- Presidente José Eduardo dos Santos e agora igualmente o Presidente João Lourenço.
Por sua vez, presente no mesmo acto, a vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, referiu que os 102 anos natalícios de Neto devem ser exaltados a todos os níveis por ser um herói nacional e figura incontornável da história da Angola.
“Cada um de nós, nas nossas acções diárias, devemos saber interpretar bem o pensamento do fundador da nação angolana, numa dimensão política, cultural, comunitária e económica”, sublinhou.
Luísa Damião lembrou ainda que o lema escolhido para as comemorações de 17 de Setembro, “Com o pensamento de Neto devemos continuar a ter uma economia mais dinâmica”, responde à máxima do fundador da nação, segundo o qual, “O mais importante é resolver os problemas do povo”.
Defendeu a necessidade de se cimentar correctamente o pensamento de Agostinho Neto, para a resolução dos desafios actuais, que passam pela concretização do sonho de uma Angola de paz, desenvolvida, próspera, inclusiva em que se continua a valorizar a rica diversidade cultural.
Por sua vez, o governador de Luanda, Manuel Homem, destacou Agostinho Neto como poeta maior o ícone da liberdade e que a sua data deve reavivar a memória de todos os angolanos.
Frisou que a homenagem ao saudoso presidente representa o compromisso do Governo angolano em continuar a exaltar e perpetuar na memória colectiva, o sentido nacionalista, poético e estadista de Agostinho Neto, garantindo a continuidade da satisfação das necessidades das populações.
Sublinhou que o Governo tem seguido os ideais de Neto, devolvendo infra-estruturas sociais, como escolas e hospitais, capazes de assegurar a demanda e satisfação da melhoria das condições de vida da população.
Participaram da cerimónia, membros do Executivo, de partidos políticos, das Forças Armadas Angolanas, do Ministério do Interior, religiosos, entre outros.
António Agostinho Neto, o primeiro Presidente de Angola, nasceu no dia 17 de Setembro de 1922, na aldeia de Kaxicane, município de Icolo e Bengo, província de Luanda e completaria hoje, 102 anos.
Assumiu a direcção do MPLA do qual já era presidente honorário desde 1960, cuja condição culminou com a proclamação da independência a 11 de Novembro de 1975, tornando-se no primeiro Presidente de Angola até 1979. FMA/AJQ