Luanda - As memórias de homens e mulheres que viveram com normalidade e lutaram pela independência são retratadas na obra "Léxico da Luta de Libertação Nacional", de Mbeto Traça. apresentada a pública hoje, quinta-feira, em Luanda.
A obra relata a história dos que viveram, por opção ou por serem apanhados, no “turbilhão” dos acontecimentos do colonialismo português, que culminaram com a independência a 11 de Novembro de 1975.
Segundo o autor do prefácio do livro, Mário Almeida, Mbeto Traça recorreu a memórias escritas e verbais de muitos militantes do MPLA, bem como de partidos rivais e de movimentos que também lutaram.
A obra relata acontecimentos e factos de autores directos e indirectos.
Por outra, lembra que não foi só o exército português que Angola enfrentou, tendo sublinhado que outros protagonistas também foram inimigos, como a PIDE – DGS.
Para Arlindo Isabel, responsável pela edição, “Léxico da Luta de Libertação” representa um pedaço da história nacional.
Mbeto Traça, nasceu a 8 de Maio, no Sumbe, Cuanza Sul, combateu na Luta de Libertação Nacional na II e III regiões. Já foi delegado do MPLA na Argélia e na Tanzânia.
Após a independência foi administrador da TAAG e de regresso às Forças Armadas foi chefe de Estado Maior (2 Comandante) da FAPA/DAA.
A obra está a ser comercializada a 20 mil kwanzas.
Um trabalho com muito sentimento
O autor sublinha o facto de ter feito um trabalho com muito sentimento, onde conta a verdade de tudo que viveu.
No princípio não era para ser uma obra, porém o projecto foi avançando, exprimiu Mbeto Traça que conta no seu repertório com a obra “Do MPLA às FAPLA”.
Informou que o objectivo inicial era retratar a sua vida dentro do MPLA, partido em que ingressou aos 20 anos.
Na ocasião, mencionou alguns heróis que considerou “fantásticos” entre os quais os comandantes "Cuidado", "Veneno" e "Certa".