Huambo - A presidente da LIMA na província do Huambo, Deli Susana Faria, defendeu, este domingo, mais atenção, protecção e orientação eficaz às crianças, de modo a influenciar positivamente o seu desenvolvimento integral.
Ao discursar numa actividade, por ocasião do Dia da Crianças Africana, que hoje se assinala, disse que os petizes enfrentam diariamente desafios como violações de direitos básicos, medidas de protecção inadequadas, milhares sem certificado de nascimento e falta de acesso à educação de qualidade.
Acrescentou que as crianças em África enfrentam, igualmente, necessidades básicas, como a nutrição e água potável, trabalho forçado e desnutrição, exploração e todo tipo de violência, resultante das guerras.
Inclui, também, o casamento forçado, gravidez precoce e muitas envolvidas no trabalho infantil e exploração sexual.
Por isso, apelou aos governos africanos para prestarem mais atenção às crianças, pois constituem o futuro da Nação e a trabalharem na redução de petizes de e nas ruas.
O Dia da Criança Africana assinala-se em memória das crianças negras que foram mortas nesse dia, em 1976, no Soweto -África do sul, quando ergueram as suas vozes para recusarem que o ensino da língua affrikaans se tornasse obrigatório nos currículos escolares, reivindicavam o direito a aprender a sua língua materna (não apenas o Inglês )e melhoria da qualidade de Ensino.
A manifestação durou 14 dias e pretendia ter carácter pacífico, mas acabou em extrema violência, tendo morrido mais de cem pessoas e ficando feridas cerca de mil crianças e jovens que estavam em pleno exercício de um direito fundamental, reconhecido pela Declaração Universal de Direitos Humanos.
Em 1991, a OUA-Organização da Unidade Africana escolheu o dia 16 de Junho para homenagear essas vítimas e para proteger as crianças do continente africano.
É responsabilidade dos Estados, da Família e de toda a sociedade colaborarem entre si para proteger as crianças com vista ao seu desenvolvimento integral e harmonioso. JSV/ALH