Luanda - O Presidente do MPLA, João Lourenço, afirmou este sábado, em Cabinda, que ao longo dos quatro anos de governação o Executivo, suportado pelo seu partido, construiu e reconstruiu várias infra-estruturas que deram um novo impulso ao desenvolvimento do país.
Ao discursar no acto de lançamento da pré-campanha eleitoral, no Estádio do Tafe (Cabinda), João Lourenço destacou, em concreto, as infra-estruturas construídas nos sectores da educação e saúde, bem como a criação de mais postos de trabalho nos referidos sectores.
Ressaltou a construção de 79 unidades hospitalares, completamente apetrechadas, de categorias I, II e III, com capacidade para 32 mil 619 camas de internamento, incluindo 12 centralidades, assim como a criação do primeiro parque de painéis solares (de 2.590 mega watts), na província de Benguela.
O líder do MPLA realçou, ainda, a execução do Programa de Investimento Público (PIP) e do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM). O último, conta com 2.768 projectos, 473 dos quais já foram concluídos.
Sucessos do PIIM
Este programa, afirmou, com custos de dois mil milhões de dólares, dos quais já foram gastos 500 milhões, está a fazer um verdadeiro milagre no seio das comunidades, em prol do seu desenvolvimento.
Na ocasião, o presidente do MPLA criticou a oposição por ter contestado, à partida, a execução do PIIM .
Ao criticá-lo, disse João Lourenço, a oposição sabia bem da valentia deste programa para o desenvolvimento do país.
No entanto, afirmou que a oposição parece não querer que o poder instituído resolva os problemas da população.
Referiu-se, também, sobre a construção de novos sistemas de captação e distribuição de água, em vários pontos do país, com destaque para o projecto do Cafu, na província do Cunene. O projecto, recém-inaugurado, possui um canal de 165 quilómetros e 31 represas para o armazenamento de 930 metros cúbicos de água, bem como a reintegração de 12 mil e 388 ex-militares.
Combate à seca e construção de hospitais
De igual modo, anunciou a execução, nos próximos tempos, de um projecto avaliado em 4,5 mil milhões de dólares para a resolução, em definitivo, do problema da seca no país, bem como a construção da primeira indústria farmacêutica em Angola, sem monopólios.
A par disso, disse estar em curso a construção de mais unidades hospitalares nas províncias do Bengo, Cuanza Sul, Cuanza Norte, Cunene, Huambo e Lunda Norte, bem como o enquadramento de mais 24 mil profissionais de saúde, nos próximos três anos.
Cabinda rumo ao desenvolvimento
No seu discurso, de mais de uma hora, em que foi bastante ovacionado, João Lourenço começou por destacar os diversos investimentos feitos na província de Cabinda, e ao mesmo tempo, anunciou a construção da primeira refinaria local, com capacidade para a refinação de 30 mil barris por dia, assim como do novo aeroporto.
Disse ter ficado satisfeito com o que viu em Cabinda, sublinhando que a província segue o caminho do desenvolvimento, "sinal de que os recursos financeiros do Estado estão a ser bem gastos".
No capítulo económico, o líder do MPLA destacou o facto de, nos últimos quatros anos, o Executivo ter feito uma correcção para se acabar com a dependência absoluta das receitas petrolíferas e ter encorajado o sector não petrolífero a crescer e desenvolver mais a produção agrícola e agro-pecuária.
Realçou, também, que a diversificação da economia hoje é uma realidade em Angola.
Eleições
O líder do MPLA, que anunciou a entrega, nos próximos dias, da sede da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e do Centro Nacional de Escrutínio, apelou às outras formações políticas para se prepararem para a empreitada que se avizinha.
Destacou, ainda, o facto de, pela primeira vez na história, a diáspora poder exercer o seu direito constitucional nas eleições gerais de Agosto deste ano.
Lema do partido
João Lourenço aproveitou a ocasião para lançar o lema do seu partido para 2022-2027, "Mais ambição, audácia na procura das soluções dos problemas do povo para conseguir o progresso e desenvolvimento".
A seu ver, o partido precisa ser mais audaz e ter maior ambição, porque "foi a ambição e a audácia que nos fez construir o Canal do Cafu, em pouco mais de dois anos".
