Luanda - O Presidente do MPLA, João Lourenço, realçou, esta quarta-feira, em Luanda, o facto de Angola ter melhorado, nos últimos anos, a sua reputação e granjeado um grande prestígio na arena internacional.
Ao discursar na abertura da III reunião Extraordinária do Comité Central do MPLA, enfatizou que tal facto tem ocorrido graças, não apenas à sua dinâmica diplomacia, mas sobretudo pelas reformas realizadas em diversos domínios da vida política, económica e social do país.
Segundo o também Presidente da República, o país deve se orgulhar da sua história, da sua trajectória ao longo deste quase meio século de existência.
Notou que, em todas as fases da luta, o MPLA soube sempre analisar com realismo, pragmatismo e olhar crítico a situação vigente, os perigos e ameaças, a correlação de forças, a conjuntura nacional e internacional, definindo com assertividade os caminhos a seguir para cumprir com a missão de melhor servir Angola e os angolanos.
"Cumpridas com sucesso as fases da luta pela Independência Nacional, pela sua consolidação e defesa da Soberania Nacional e após o alcance, manutenção e consolidação da paz e da reconciliação nacional, nosso foco deve estar virado sobretudo para a consolidação da democracia e o desenvolvimento económico e social do país", assinalou.
Disse ser necessário fazer com que todos os cidadãos angolanos sejam participantes activos destes dois processos, o da democratização da sociedade e o do desenvolvimento económico e social.
"Deve ser a nossa principal missão, enquanto partido com a responsabilidade que os angolanos nos conferiram, de governação do país. Todo nosso saber, talento e energias devem estar concentrados na busca das melhores soluções para resolvermos os problemas do povo angolano”, expressou.
Perante os membros do Comité Central do partido, deu conta que a política é um jogo "e como em qualquer jogo ou competição só vencem as equipas cujos jogadores ou atletas se submetem à organização e disciplina do colectivo e respeitam as regras do jogo e a orientação da equipa técnica".
Afirmou que ninguém começa o jogo sem ouvir o apito do árbitro, ninguém inicia a corrida de atletismo sem ouvir o tiro de partida, sob pena de ser desqualificado e prejudicar a equipa.
"Estamos em plena competição, não podendo deixar-nos distrair por agendas que em nada ajudam a mantermos o foco na necessidade de cumprirmos com o programa de desenvolvimento nacional, com a necessidade da diversificação da nossa economia, de aumentarmos a produção nacional para garantir maior oferta de bens e de serviços, de aumentar as exportações e a oferta de postos de trabalho", sinalizou.
Programa dos 50 anos da independência
João Lourenço fez saber que o Executivo vai aprovar, nos próximos dias, o amplo programa das comemorações dos 50 anos da Independência Nacional, que decorrerá em Novembro de 2025, com um conjunto de actividades políticas, culturais, recreativas, desportivas, feiras e exposições, inaugurações de infra-estruturas e empreendimentos económicos e sociais.
Segundo o Presidente do MPLA, os cidadãos angolanos, partidos políticos, igrejas, associações cívicas, serão participantes activos desse grande acontecimento, "para o qual Angola chama todos os seus filhos".
Lamentou o facto de alguns desses “grandes filhos da pátria” já não poderem dar o privilégio da sua companhia naquela importante ocasião da história do país, como Dom Alexandre Cardeal do Nascimento, falecido há dias, por doença.
"Acabamos de perder um desses grandes filhos de Angola que foi ontem a enterrar, figura de grande prestígio, reserva moral da nossa sociedade, Dom Alexandre Cardeal do Nascimento”, expressou, para em seguida pedir um minuto de silêncio em memória do malogrado.
A reunião extraordinária do Comité Central do MPLA, composto por 693 membros foi convocada para preparar a realização do congresso extraordinário do partido, que terá lugar em Dezembro do corrente ano.
O congresso vai reflectir sobre os cinquenta anos da Independência Nacional a comemorar no próximo ano, o percurso de luta, de vitórias e de glória e perspectivar o futuro do partido e da nação. DC/ART