Luanda - O Presidente do MPLA, João Lourenço, anunciou, nesta quinta-feira, em Luanda, o aumento para 50 por cento da participação e representação da mulher nos órgãos do seu partido.
Ao intervir no acto de abertura do 7º Congresso Ordinária da Organização da Mulher Angolana (OMA), João Lourenço clarificou que essa paridade se efectivará em Dezembro próximo, durante o Congresso do MPLA.
Actualmente, a mulher tem uma representação de 40 por cento na composição dos órgãos e organismos do partido MPLA.
O Presidente João Lourenço sublinhou que essa acção será inédita na história das organizações políticas em Angola.
Considerou fundamental que se estabeleçam mecanismos de acompanhamento da legislação do país relacionada com a equidade da mulher.
João Lourenço sublinhou a necessidade de a OMA continuar a incentivar e a apoiar o surgimento de organizações de mulheres na sociedade angolana.
Na sua intervenção, o Presidente do MPLA incentivou, igualmente, o braço feminino do seu partido a velar por uma participação activa em acções e programas específicos que visam a melhoria da qualidade de vida da mulher.
Durante a sua intervenção, João Lourenço encorajou a OMA a prosseguir com o seu papel de protagonista na sensibilização das mulheres, para o exercício da cidadania.
Também Presidente da República, João Lourenço afirmou que Angola registou progressos na inserção e no empoderamento das mulheres em diferentes esferas de actividade.
No seu discurso, o líder do MPLA reiterou a entrega da secretaria-geral cessante da OMA, Luzia Inglês, na luta pelos direitos das mulheres e dos angolanos e destacou o papel desempenhado pelas heroínas angolanas, Deolinda Rodrigues, Lucrécia Paim, Engrácia dos Santos, Irene Cohen e Teresa Afonso.
A OMA realiza a partir de hoje (quinta-feira), o seu 7º Congresso Ordinária, que vai culminar com a eleição de Joana Tomás, candidata única ao cargo de secretária-geral.
A decorrer sob o lema "Mulher Angolana: Participação, Inclusão e Desenvolvimento", o Congresso conta com a participação de mil e 500 delegadas de todas as províncias e das comunidades angolanas no estrangeiro.
A organização, que foi fundada a 10 de Janeiro de 1962, tem dado o seu contributo à luta pela defesa das liberdades e dos direitos civis, económicos, políticos, sociais e culturais das mulheres, em particular, e do povo angolano, em geral, consagrados na Constituição da República de Angola.