Luanda – A região Leste da República Democrática do Congo (RDC) vive actualmente um clima de “calma relativa”, disse, esta quarta-feira, à ANGOP, o ministro angolano das Relações Exteriores, Téte António.
A informação foi prestada à margem de uma reunião, dos representantes especiais do Secretário-geral da ONU para a África Central, Abdou Abarry, para Região dos Grandes Lagos, Huang Xia, e para as repúblicas Centro-Africana (RCA), Valentine Rugwa, para a RDC, Bintou Keita.
De acordo com o chefe da diplomacia angolana, “há uma calma relativa no terreno, ao que se seguirão outros passos como a retirada do M23 das posições que ocupa, o acantonamento e a sua inserção social, por se tratar também de cidadãos congoleses''.
Téte António afirmou que o plano de acções adoptado em Luanda requer muita paciência e acutilância para levar as partes à mesa das conversações.
Referiu que a par do processo iniciaram, ainda hoje, em Nairobi, Quénia, conversações com o envolvimento de 40 grupos rebeldes, à excepção do M23, visando a paz efectiva na RDC.
Uma minicimeira, com a participação de vários estadistas da região central e dos Grandes Lagos, estabeleceu o fim das hostilidades no Leste da RDC, e a desmobilização e desarmamento do M23, supostamente, apoiado pelo Rwanda.
Participaram na cimeira, além do Estadista angolano João Lourenço, os homólogos do Burundi, Évariste Ndayishimiye, da RDC, Felix Tshisekedi e o antigo Chefe de Estado do Quénia, Uhru Kenyatta, mediador do conflito por parte dos estados da África Oriental.
O Rwanda fez-se representar pelo seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Vincent Biruta.