Lubango - A segunda sessão de julgamento da antiga administradora municipal da Humpata, na província da Huíla, Paula Nassone, que decorreu quarta-feira, nesta cidade, foram ouvidos seis reús, cujas declarações foram marcadas por contradições entre ambos.
Paula Nassone, acusada de dois crimes de tráfico de influência, cinco crimes de peculatos, um crime de recebimento indevido de vantagem, violação de normas de execução do plano e do orçamento.
A sessão ficou marcada pelas declarações contraditórias Paula Nassone e do empresário Júlio Chicuaia, que em co-autoria material com a sócia Luísa Almeia, na Empresa Mutima, vêm acusados de três crimes de abuso de confiança.
Durante o interrogatório o empresário esclareceu que nunca prestou serviço à administração Municipal da Humpata, esta apenas procedeu o pagamento de um valor estimado em milhão 328 mil kwanzas à sua empresa, para a construção de um muro de vedação e de um sistema de abastecimento de água.
Declarou que após o pagamento do valor em causa, fez o levantamento dos custos do serviço e constatou que o valor estava estimado em mais de 11 milhões de kwanzas, muito acima do que a administração pagara, por isso não executou a obra, devolvendo mais tarde o montante, após ter sido chamado pelo SIC, na fase de instrução preparatória.
Referiu que comunicou os factos à sua sócia, para que entrasse em contacto com arguida Paula afim de encontrarem uma saída, porém não obteve qualquer resposta, o referido contrato não chegou a ser celebrado por razões que não saber, já que o negócio foi feito com a sua sócia, a co-arguida Luísa Almeida.
Confrontada a arguida Paula com a as declarações do arguido Júlio Chicuaia, alegou que não correspondem com a verdade, porque arguido não tem domínio dos meandros da negociação, que surgiu através de uma carta convite, da Administração Municipal da Humpata, por ter sido feita apenas com a arguida Luísa.
A arguida Paula Nassone manteve as suas declarações, alegando que o negócio prescrevia a construção de um muro de vedação do comité municipal do MPLA, na Humpata e reabilitação de uma zona onde saia água e infiltrava, cujo valor acordado estava estimado em mais de dois milhões, daí que a primeiro pagamento orçou em mais de um milhão. BP/MS