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Josefa Sacko diz deixar um legado rico à União Africana

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  • Luanda • Quinta, 13 Fevereiro de 2025 | 12h27
Comissária cessante da agricultura da UA, Josefa Sakco
Comissária cessante da agricultura da UA, Josefa Sakco
Marcos Caetano-ANGOP

Addis Abeba (Dos enviados especiais) -  A comissária cessante da União Africana (UA) para a Agricultura, Desenvolvimento Rural e Economia Azul, a angolana Josefa Sacko, disse esta quinta-feira, em Addis Abeba, Etiópia, que deixa um legado “muito rico”,  construído durante os oito anos à frente deste órgão.

A diplomata referiu-se ao facto em declarações à imprensa, na sequência da 46ª Sessão Ordinária do Conselho Executivo da União Africana (UA), que entre assuntos, elegeu e nomeou seis comissários da Comissão da UA e outros responsáveis seniores dos órgãos da União Africana.

Quando assumiu as funções em 2017, Sacko disse ter encontrado o Programa Integrado para o Desenvolvimento da Agricultura em África (CAADP), que considerou emblemático.

Com base no mesmo, realçou que teve a inspiração para definir a  Estratégia 2026-2035, virada para a transformação da agricultura no continente nos próximos dez anos.

Referiu que este instrumento é “bastante rico”, a julgar pelos seis pilares estratégicos, e, por isso, acredita que vai servir ao novo comissário, Moses Vilakati, da Suazilândia, eleito quarta-feira, para continuar a mobilizar recursos.

Segundo Josefa Sacko, os africanos têm de tomar o seu destino à mão, pois não podem depender dos parceiros para virem implementar os seus programas.

“Temos que ser nós os africanos a investir neste sector tão importante que é a agricultura”, vincou.

Como comissária também do ambiente, Josefa Sacko afirmou que deixa também a estratégia sobre as alterações climáticas, inexistente antes do início do seu mandato.

“Não tínhamos uma estratégia africana, continental, sobre as alterações climáticas. Deixei essa estratégia. Também deixei a estratégia sobre a biodiversidade. Há muitos documentos e instrumentos legais que estou a deixar”, sublinhou, referindo tratar-se de um legado “forte”.

Outro elemento importante do seu trabalho na União Africana tem a ver com a criação do Laboratório de Vacinas Animais na área da pecuária.

Neste aspecto, realçou o facto de, no seu mandato, ter conseguido mobilizar 53 milhões de dólares para a construção de um novo laboratório, cuja primeira pedra foi já lançada pelo presidente da comissão.

Augurou que o apoio norte-americano continue para a efectivação deste projecto, pois tem informações que foi já aprovado pelo senado dos EUA.

“Sabemos que, através das vacinas, também podemos ter a insegurança no nosso continente, através das bombas biológicas. É, por isso, que os Estados Unidos nos apoiaram na construção desse laboratório para podermos produzir vacinas para os nossos animais”, explicou, lembrando que muitos países africanos têm intensa actividade pastorícia.

Outro bom legado, de acordo com Josefa Sacko, é o programa que visa incrementar a atenção da mulher na agricultura, que não existia no departamento.

Lembrou que 80% dos alimentos são produzidos pelas mulheres e, no seu entender, empoderar a mulher rural é um desafio a superar.

Para o efeito, disse ter deixado na União Africana um estudo e há contactos com as Nações Unidas para elaboração de uma estratégia sobre o papel da mulher na agricultura.

A 46.ª Sessão do Conselho Executivo da UA está a analisar o Relatório da 49ª Sessão Ordinária do Comité de Representantes Permanentes (COREP), o Relatório Anual das Actividades da União, dos seus Órgãos e dos Campeões, o Relatório da 15ª Reunião do Conselho dos Ministros do Comércio da Zona de Comércio Livre Continental (ZCLCA), bem como a Emergência de Saúde Pública de Segurança Continental (PHECS).

Os delegados estão igualmente a analisar os Projectos de Instrumentos Jurídicos, os Relatórios dos Comités do Conselho Executivo, os Pontos propostos pelos Estados-membros, o Projecto de Agenda e os Projectos de Decisões da 38ª Sessão Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana.

O ministro da Relações Exteriores, Téte António, chefia a delegação angolana ao evento que integra, entre outras personalidades, a secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, a secretária de Estado da Cultura, Maria de Jesus, e o embaixador de Angola na Etiópia, Miguel Bembe

A Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo do continente africano, agendada para os dias 15 e 16 do corrente mês, vai confirmar o Presidente da República, João Lourenço, como líder da organização continental até Fevereiro de 2026.SR/ART

 

 

 

 





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