Lubango - Trinta e dois jornalistas e actores da sociedade civil beneficiaram de uma formação sobre "O Papel da Mídia na Cobertura Responsável do Processo Eleitoral Autárquico em Angola", uma iniciativa da ONG Acção de Solidariedade e Desenvolvimento (ASD) e do Sindicato de Jornalistas Angolanos (SJA), na Huíla.
O evento realizado no fim-de-semana foi dirigido a jornalistas e membros das Organizações da Sociedade Civil da província da Huíla, teve como objectivo, aprofundar conhecimentos sobre o papel da mídia na “cobertura responsável” das distintas fases do processo eleitoral autárquico.
Em declarações à ANGOP, hoje, segunda-feira, nesta cidade, o director executivo da ASD, Renato Raimundo, realçou que o jornalista, enquanto transmissor de informação, participa directamente na gestão de conflitos, antes, durante e depois do período eleitoral e contribui para a participação nos actos eleitorais.
De acordo com Renato Raimundo, nesta perspectiva, para a realização com brio e profissionalismo no processo eleitoral, estes segmentos devem ser munidos de conhecimentos estruturados na base de determinados valores princípios e direitos consagrados na lei eleitoral e na Constituição da República de Angola.
Mas a condição, prosseguiu, é que esteja estabelecida uma comunicação social livre, plural, transparente, independente e de garantias, para o pleno exercício dos direitos à liberdade de expressão e de informação, assim como o de participar na governação do país.
Renato Raimundo afirmou ser imperioso que os profissionais da comunicação saibam exercer a sua função antes, durante e depois das eleições, pelo que a capacitação dos jornalistas em matéria de cobertura eleitoral é indispensável.
Outro foco, segundo a fonte, foi dotar os participantes de mecanismos que os ajudem a divulgar informações capazes de incentivar o cidadão a votar com civismo, pois os pleitos eleitorais dispõem de procedimentos específicos que os profissionais de comunicação social devem conhecer.
Para Renato Raimundo é fundamental que os jornalistas tenham uma maior compreensão e domínio das questões do respeito às leis no contexto de eleições, cumprindo rigorosamente as normas do jornalismo, de modo a garantir-se a igualdade de tratamento e de acesso à informação a todos os concorrentes e organizações políticas envolvidas.
Já o secretário do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, na Huíla, Amílcar Silvério Baptista considerou as autarquias uma ferramenta importante para o crescimento da democracia e a comunicação social.
“Com esse passo dado pela ASD e seus parceiros tenho a convicção que estamos a contribuir na melhoria do desempenho dos profissionais de comunicação social em matéria de Direitos Humanos, eleições gerais e processo autárquico”, enfatizou.
As autarquias locais são mecanismos criados pelos governos para promover o processo de descentralização e a governação local, que a administração local, os diversos actores da sociedade civil e do sector privado, que juntos cooperam para promover melhorias a partir de suas tomadas de decisão.
A ASD é uma Organização Não-governamental angolana fundada em 1996, com sede no Lubango, província da Huíla, membro do Comité Provincial dos Direitos Humanos, coordenador do Espaço da Sociedade Civil da Huíla e membro do Observatório Eleitoral Angolano. BP/MS