Ondjiva - Dezenas de jornalistas de órgãos de comunicação social públicos e privados, na província do Cunene, foram, quarta-feira, capacitados sobre o processo legislativo autárquico, com vista replicar o conhecimento para diferentes comunidades no exercício da profissão.
A formação promovida pela Organização Não-Governamental Missa de Beneficência Agropecuária do Kubango Inclusão Tecnológica e Ambiente (Mbakita), esquadra-se no projecto autarquias construindo pontes para a literacia do poder local em Angola.
Na ocasião, o coordenador de projectos da Mbakita, Simão Faria, referiu que a acção formativa pretende que os jornalistas estejam à altura de informar com profissionalismo as matérias relacionadas com as autarquias locais.
Para tal, disse ser fundamental que os profissionais tenham o domínio das 10 leis que compõem o pacote legislativo autárquico à luz da Constituição da República, uma vez que, jogam um papel preponderante naquilo que é a educação dos cidadãos.
Afirmou que a classe jornalística é um parceiro ideal para a disseminação desse tipo de informação, sublinhando que os meios de comunicação social, sejam eles tradicionais ou apoiados pelas novas tecnologias, são sempre muito importantes na difusão de informação.
"Achamos que, com essa formação, os profissionais estarão dotados de melhores conhecimentos sobre as autarquias para poderem informar melhor a população”, sustentou.
Por seu turno, o jurista e prelector da formação, Paulino Júnior, disse ser fundamental que os jornalistas, como cultivadores de informação e exercendo a dupla função de activistas sociais, tenham domínio deste processo.
Durante a sua preleção ressaltou aspectos sobre a lei orgânica do processo eleitoral das autarquias, a publicidade, limitação das propagandas, carácter da tutela administrativa, fiscalização e transferências de competências entre outros.
De realçar que a Mbakita desenvolve o projecto educação cívica autárquica em sete províncias como Cuando Cubango, Cunene, Moxico, Lunda Sul e Norte,Namibe e Huíla, tem como grupo alvo a sociedade civil, académicos jornalistas partidos políticos autoridades do poder tradicional entre outros.FI/LHE/ART