Luanda - O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, inicia hoje, segunda-feira, uma visita de três dias a Angola no quadro do reforço da cooperação bilateral e multilateral.
A visita do Presidente norte-americano reconhecerá o papel de Angola como líder regional e vai reafirmar a verdadeira transformação da relação entre os Estados Unidos da América e a República de Angola.
Os dois países trabalham conjuntamente para vencer um conjunto de desafios prementes e críticos, como a melhoria das infra-estruturas em África e o incremento das oportunidades económicas e do desenvolvimento sustentável no continente.
A expansão das tecnologias e da cooperação científica, o reforço da paz e a segurança e o fortalecimento da segurança alimentar são também outras das prioridades definidas pelos dois países na sua relação estratégica.
Com esta visita, os dois países terão a chance de avaliar a eficácia dos acordos existentes e projectar novas áreas de investimento, envolvendo, sobretudo, o sector privado.
Durante os três dias de visita, o ponto mais alto será um encontro com o chefe de Estado angolano João Lourenço, no primeiro dia, para abordar a estratégia futura das relações de cooperação bilaterais.
Do programa que Jon Biden cumprirá em terras angolanas prevê-se ainda a visita ao Corredor do Lobito na província de Benguela.
A aproximação aos norte-americanos tornou o Angola no terceiro maior credor do EUA com uma dívida que cresceu em 223 porcento nos últimos sete anos .
A chegada de João Lourenço ao Governo, em 2017, levou a uma redefinição das prioridades do país em termos de relacionamento com as principais potências mundiais, com uma aproximação mais aberta aos Estados Unidos da América (EUA).
A visita de Joe Biden constitui uma nova janela para a atracção de novos investidores americanos, que podem aproveitar a melhoria do ambiente de negócios em Angola para diversificar os seus investimentos.
Espera-se, com essa missão de Estado, que os dois países encontrem plataformas de entendimento ajustadas à realidade dos respectivos povos, capazes de proporcionar vantagens mútuas e diversificar a cooperação existente.
Actualmente, as relações de cooperação entre os dois países têm o seu quadro jurídico assente num Acordo Geral que opera nos mais variados domínios da vida económica e social do país, com forte presença nas áreas de infraestrutura, comércio Industria, agricultura, saúde, comunicação social, transporte , segurança alimentar entre outros.
Angola e EUA são parceiros estratégicos, com relações político-diplomáticas e de cooperação que conhecem um assinalável incremento há 30 anos, propiciando a assinatura de vários instrumentos jurídicos nos domínios social, comercial e empresarial.
Relações Angola-EUA
Angola e os Estados Unidos da América estabeleceram relações diplomáticas formais em 1993. O sector da energia está no centro das relações económicas entre ambos os países.
O Ex-ImBank americano dispõe de uma linha de crédito de apoio às exportações dos EUA para Angola.
A Câmara de Comércio Estados Unidos-Angola dedica-se à promoção do comércio e investimento entre os dois países.
Combate à corrupção
Os EUA apoiam Angola no combate à corrupção por meio de várias iniciativas, inclusive do programa do Departamento do Tesouro, lançado em Março de 2019, para aperfeiçoar a capacidade do país em implantar o regime de combate à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo
Cooperação económica
As companhias americanas possuem investimentos em Angola, especialmente no sector de energia.
ExxonMobil, Halliburton, Baker Hughes, Caterpillar, Chevron, Cummins, TechnipFMC e Tidewater estão todas representadas no país.
Em 2019, um consórcio liderado pela Chevron anunciou planos de investimentos de mais de dois mil milhões de dólares na exploração de novos campos marítimos de gás natural e o aumento da produção dos campos existentes.
O Ex–ImBank dos EUA assinou um Memorando de Entendimento com Angola, em Abril de 2019, com o objectivo de explorar garantias de até quatro mil milhões de dólares em apoio às exportações dos EUA para o país. FMA/ART