Luanda - O Presidente norte-americano, Joe Biden, já se encontra no Palácio Presidencial da Cidade Alta, em Luanda, para um encontro com o homólogo angolano João Lourenço, no quadro da visita de Estado, centrada no reforço da cooperação bilateral e multilateral.
À chegada, Joe Biden foi recebido com honras militares e cumprimentos de boas-vindas do Chefe de Estado angolano, João Lourenço, seguindo-se a entoação dos hinos dos dois países, executados pela banda da Presidência.
No encontro, os dois Presidentes terão a oportunidade de avaliar a eficácia dos acordos existentes e projectar novas áreas de investimento, sobretudo, envolvendo o sector privado.
Ao longo da visita, Joe Biden deverá fazer vários anúncios sobre o Corredor do Lobito, mas, também, sobre áreas como saúde, segurança alimentar ou agro-negócio.
Trata-se da primeira visita oficial de um estadista norte-americano a Angola e visa fortalecer a relação estratégica entre os dois países.
Angola e os EUA trabalham para vencer um conjunto de desafios prementes e críticos, como a melhoria das infra-estruturas em África e o incremento das oportunidades económicas e do desenvolvimento sustentável.
A expansão das tecnologias e da cooperação científica, o reforço da paz e da segurança e o fortalecimento da segurança alimentar são, também, outras das prioridades definidas pelos parceiros.
Após o encontro bilateral, Joe Biden segue para o Museu da Escravatura, onde fará um discurso para destacar a força duradoura e a relevância das relações dos EUA com Angola, em particular, e África, no geral, além de fazer referência ao enfrentamento de uma ampla gama de desafios globais.
Quarta-feira, o estadista norte-americano desloca-se à província de Benguela, para tomar conhecimento da fábrica de processamento de alimentos do Grupo Carrinho e visita o porto do Lobito, uma importante infra-estrutura do Corredor do Lobito.
A agenda do Presidente Joe Biden em Benguela inscreve, ainda, participação no Fórum Empresarial Angola-EUA.
Angola e os Estados Unidos estabeleceram relações diplomáticas formais em 1993, mas com a chegada de João Lourenço ao Governo, em 2017, verificou-se uma redefinição das prioridades do país em termos de relacionamento com as principais potências mundiais e uma aproximação mais aberta com os EUA.
São parceiros estratégicos, com relações político-diplomáticas e de cooperação que conheceram um assinalável incremento há 30 anos, propiciando a assinatura de vários instrumentos jurídicos nos domínios social, comercial e empresarial.
Em 2023, o comércio entre os EUA e Angola totalizou aproximadamente 1,77 mil milhões de dólares, o que tornou Angola no quarto maior parceiro comercial de Washington na África Subsaariana. DC/ART