Luanda - O Presidente dos EUA, Joe Biden, chegou, ao final da tarde desta terça-feira, ao Museu Nacional da Escravatura, em Luanda, para uma visita às instalações deste bem de elevado valor histórico.
Localizado no Morro da Cruz, município de Belas, o museu é um importante património cultural de Angola, que se dedica à preservação da memória colectiva referente aos 500 anos de escravatura a que os angolanos foram submetidos.
Criado em 1977 pelo Instituto Nacional do Património Cultural, o museu, que tem como objectivo dar a conhecer a história da escravatura em Angola, possui um importante sistema de informação, está recheado de artefactos de elevado valor histórico que preservam e relatam a longa história da escravatura no território angolano.
Com sede na Capela da Casa Grande, o Museu da Escravatura é um templo do século XVII, onde os escravos eram baptizados antes de embarcarem nos navios negreiros que os levavam para o continente americano.
A propriedade pertencia ao capitão de Granadeiros, dom Álvaro de Carvalho Matoso, cavaleiro da Ordem de Cristo, filho de dom Pedro Matoso de Andrade, capitão-mor dos presídios de Ambaca, Muxima e Massangano, da então província de Angola, e um dos maiores comerciantes de escravos da costa africana na primeira metade do século XVIII.
O tráfico de escravos no mesmo local terminou em 1836, quando um decreto de Dona Maria II de Portugal passou a proibir as colónias portuguesas de exportarem escravos.
Joe Biden, que efectua uma visita de estado a Angola desde segunda-feira, foi recebido, na manhã desta terça-feira, com honras militares e cumprimentos de boas-vindas pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço, no Palácio da Cidade Alta, antes do encontro privado.
Trata-se da primeira visita oficial de um estadista norte-americano a Angola e visa fortalecer a relação estratégica entre os dois países. VIC/ART