Luanda – O Presidente norte-americano, Joe Biden, agradeceu, esta quarta-feira, a hospitalidade dos angolanos e prometeu voltar a Angola, para a constatar a evolução do Corredor do Lobito.
Biden falava na Cimeira Multilateral sobre o Corredor do Lobito, última etapa da sua visita de três dias a Angola, referindo que nutre um carinho especial por projectos ligados a caminhos-de-ferro.
Lembrou que, há 160 anos, o seu país começou a primeira ferrovia transcontinental, algo que foi o orgulho do Presidente Abraham Lincoln, que tinha o sonho de viajar por ela após o seu mandato.
“Eu vou voltar aqui e fazer uma viagem no Corredor do Lobito”, afirmou durante a Cimeira que contou também com as presenças dos Presidentes João Lourenço (Angola), Félix Tshisekedi (RDC), Hakainde Hichilema (Zâmbia) e do Vice-Presidente da Tanzânia, Philip Mpango.
Já durante o seu discurso na abertura das conversações entre as delegações de Angola e os EUA, Biden havia dito que sentia-se orgulhoso por ser o primeiro Presidente norte-americano a visitar Angola e afirmou que o seu homólogo João Lourenço tem sido “muito generoso e hospitaleiro”,
Nesta visita histórica, Joe Biden fez-se acompanhar de uma vasta equipa constituída por por membros do Congresso dos Estados Unidos, altos funcionários da sua Administração e líderes empresariais e cívicos americanos.
Angola é o quarto maior parceiro comercial dos Estados Unidos na África Subsariana, com as trocas comerciais a ascenderem a 1,77 mil milhões de dólares, em 2023 (1,68 mil milhões de euros).
Os dois países estabeleceram, em Novembro deste ano, um memorando de entendimento relativo à Parceria de Investimento e Comércio EUA-Angola.
O departamento de comércio norte-americano está a promover uma missão comercial para os portos e ferrovias da África Subsariana, em 2025, em Angola e África do Sul, para apresentar às companhias norte-americanas o potencial destes sectores nos mercados africanos.
Os EUA promoveram também uma missão ligada ao agro-negócio, em Fevereiro deste ano, durante o qual foram realizados 140 encontros entre empresários, com os participantes norte-americanos a preverem um aumento de 13,3 milhões nas vendas dos próximos 12 meses.
EUA e Angola assinaram também acordos para facilitar as ligações aéreas e o comércio bilateral, através da iniciativa África Próspera, no âmbito da qual foram realizados negócios no valor de 6,9 mil milhões de dólares desde 2021. ART