Luanda- O Presidente norte-americano, Joe Biden, deixou esta quarta-feira Luanda, com destino a Benguela, onde vai cumprir o último dia sua visita de trabalho de três dias a Angola.
No Complexo Presidencial do Aeroporto Internacional 04 de Fevereiro, em Luanda, o estadista norte-americano recebeu cumprimentos de despedida da Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, e de outros auxiliares do Titular do Poder Executivo.
Joe Biden vai participar na Cimeira Multilateral do Corredor do Lobito, a decorrer no Complexo Industrial do Grupo Carrinho, com os homólogos de Angola, João Lourenço (anfitrião), da República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi, da Zâmbia, Hakainde Hichilema, e da Tanzânia, Philip Mpango.
Os estadistas vão reunir-se nas instalações da maior unidade fabril do país, com os olhos postos na aceleração da atracção dos investimentos necessários para o Corredor do Lobito, que poderá interligar os oceanos Atlântico e Índico.
O Presidente dos EUA vai, igualmente, tomar conhecimento da fábrica de processamento de alimentos do Grupo Carrinho, bem como visitar o porto do Lobito, uma importante infra-estrutura do Corredor do Lobito.
Joe Biden, que efectua uma visita de Estado, desde segunda-feira, foi recebido com honras militares pelo seu homólogo angolano João Lourenço, no Palácio Presidencial, antes do encontro privado e de tomarem parte das convenções entre os dois governos.
Em Luanda, o Presidente dos Estados Unidos visitou o Museu da Escravatura, onde discursou para uma plateia de centenas de pessoas, entre governantes, deputados, diplomatas e membros da sociedade civil.
Após a agenda de Benguela, o Presidente Joe Biden partirá do Aeroporto Internacional da Catumbela, a bordo do "Air Force One", com destino a Washington, fazendo uma escala por a Ilha do Sal (Cabo Verde).
Corredor do Lobito
O Corredor do Lobito é um trajecto composto por infra-estruturas rodoviárias e ferroviárias, que atravessa Angola do Lobito ao Luau, passamdo por Kolwessi e Lumbumbashi, na RDC, entra na Zâmbia por Chingola e termina em Ndola, onde estão as ligações ferroviárias aos portos no Oceano Índico, designadamente em Dar es Salam (Tanzânia), Beira (Moçambique) e Durban (África do Sul).
Dado o papel estratégico para o desenvolvimento regional, foram investidos de dois mil milhões de dólares na reabilitação e modernização das infra-estruturas e meios circulantes do Corredor, com vista à dinamizar o transporte de mercadorias diversas, beneficiando os três países fronteiriços.
As duas principais infra-estruturas do Corredor, nomeadamente o porto do Lobito e o Caminho de Ferro de Benguela (CFB), preparam-se para enfrentar o desafio que se avizinha para novos investimentos, assim como do interesse norte-americano e da União Europeia (UE) em aumentar o movimento de carga na região.
Quando a infraestrutura de transportes que ligar os três países estiver completamente operacional, a linha irá aumentar as possibilidades de exportação para a Zâmbia, a RDC e Angola, reforçar a circulação regional de bens e promover a mobilidade dos cidadãos.DC/ART