Abidjan – (do enviado especial) - O Presidente da República, João Lourenço, foi homenageado esta quinta-feira, com o título de cidadão honorário da Cotê D’Ivoire.
Em cerimónia realizada no espaço Cultural Hotel Du District de Abidjan, no quadro da vista que realiza a Cotê d’Ivoire, Joäo Lourenço recebeu das mãos do governador do Distrito Autónomo de Abidjan, Ibrahim Cisse Bacongo, o pergaminho e a chave da cidade de Abidjan.
Seguiu-se uma cerimónia tradicional, levada a cabo pelas autoridades da tribo Atchan, que simbolicamente o torna um dos chefes desta etnia, com nome de Afran.
Numa cerimónia rica em tradição, com uma sequência de rituais, a João Lourenço foi atribuído um nome tradicional que representa firmeza e garra como guerreiro, passando a fazer parte (simbolicamente) da etnia atcham, destacada na História do país por ter sido invencível ao longo do tempo na defesa do território de Abidjan frente às sucessivas investidas de outros guerreiros.
Recebeu os principais atributos tradicionais pela notoriedade na tribo Atcham, mormente as vestes, os adereços e bastão.
O Presidente João Lourenço manifestou-se honrado com o reconhecimento que é uma prova de que "somos um só povo, somos africanos”.
Mostra igualmente, segundo o estadista, respeito que os países africanos têm pelo poder tradicional.
“Aceito de coração o título que me foi concedido, Afran, embora seja simbólico. Este simbolismo é muito forte, calou-nos muito fundo, e é com toda sinceridade que dizemos que é uma feliz surpresa que ajuda a selar os laços de amizade e cooperação existentes entre os dois países e povos”, afirmou.
João Lourenço disse que países têm a responsabilidade de procurar desenvolver as sua economias no interesse do bem-estar dos dois povos.
Portanto, frisou, justifica-se esta visita a Cotê de d’Ivoire para procurar tirar o máximo de proveito do potencial existente da cooperação entre ambos países que esteve mal aproveitado durante um longo período.
"Entendemos que é chegada a hora para recuperar o tempo perdido. Por isso, hoje assinamos 14 acordos e, quando dois países rubricam este número de protocolos, não é preciso dizer mais nada”, asseverou.
No entanto, prosseguiu, está passada a mensagem de que ambos os países estão interessados em ter uma aproximação cada vez maior e procurar desenvolver ao máximo a cooperação. ART