Luanda - O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, anunciou, neste sábado, que o país vai acolher a 10ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico (OEACP), de 6 a 10 de Dezembro deste ano.
O anúncio foi feito, na Assembleia Nacional (AN), quando o Presidente João Lourenço proferia a Mensagem sobre o Estado da Nação, um imperativo Constitucional.
O Chefe de Estado adiantou que a 10ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da OEACP vai realizar-se sob o tema: "três continentes, três oceanos, um destino comum - construir uma OEACP, uma resiliência sustentável".
A primeira Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da OEACP foi realizada em Libreville, Gabão, de 6 a 7 de Novembro de 1997, durante a qual os seus líderes comprometeram-se em reunir regularmente.
Desde então os países OEACP passaram a realizar a cúpula a cada dois anos. O acto constitutivo da OEACP é o Acordo de Georgetown, assinado em 1975.
O principal objectivo concentra-se no desenvolvimento sustentável dos Estados-membros e na sua integração gradual na economia global.
Este ano Angola assume a presidência da Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico.
Angola reafirma compromisso com a paz em África
Perante os deputados da AN, o Presidente João Lourenço afirmou que Angola continuará com o compromisso da melhoria da situação de paz e segurança em África.
"Continuaremos a desempenhar este papel activo em todas as organizações internacionais de que somos membros", referiu o estadista.
Citou, como exemplo, as comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e Económica de Estados para África Central (CEEAC).
O Estadista também citou a Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), União Africana (UA) e a Organização das Nações Unidas (ONU).
Conflito na Ucrânia
Sobre o conflito na Ucrânia, disse que tem trazido consequências económicas mundiais "muito graves", que têm afectado, seriamente, as dinâmicas e perspectivas de crescimento dos vários países do mundo.
De acordo com João Lourenço, Angola está preocupada com o elevado número de vítimas humanas, deslocados e refugiados, bem como de destruição de importantes infra-estruturas industriais e sociais, assim como de património cultural.
Por este motivo, reiterou o seu apelo para cessação imediata da guerra e exortou as partes ao recurso ao diálogo para resolução pacífica e definitiva do conflito, com fortes tendências de se tornar mundial.
Reafirmou o compromisso de Angola com o multilateralismo, por representar uma das vias mais seguras para promoção de plataformas de diálogo e onde cada nação pode dar o seu contributo, evitando o bipolarismo.