João Lourenço quer maior investimento privado no domínio eléctrico

     Política           
  • Luanda     Sexta, 19 Abril De 2024    16h51  
Presidente João Lourenço orienta VI Reunião do Comité Central do MPLA
Presidente João Lourenço orienta VI Reunião do Comité Central do MPLA
Joaquina Bento-ANGOP

Luanda - O Presidente do MPLA, João Lourenço, defendeu, esta sexta-feira, em Luanda, um maior investimento, preferencialmente privado, no domínio do transporte e da distribuição de energia eléctrica.

O também Titular do Poder Executivo fez este pronunciamento quando discursava na abertura da VI reunião ordinária do Comité Central do MPLA, acrescentando que, mesmo sem a conclusão da barragem de Caculo Cabaça, o país está a produzir cerca de seis mil e quatrocentos megawatts, dos quais apenas consome metade.

Disse acreditar que a inclusão do sector privado no transporte e distribuição de energia pode contribuir para o aumento do consumo industrial e doméstico e vender aos países vizinhos.

Adiantou que o excedente poderá ser injectado na rede da SADC, a sul, assim como transportar para a região do chamado "Coper belt", na Zâmbia, numa extensão mil e 300 quilómetros, a partir de Laúca.

João Lourenço disse que o Executivo está a trabalhar numa solução para levar energia eléctrica nacional para Cabinda, a partir do Soyo, e descontinuar a utilização das centrais térmicas, que são grandes consumidoras de combustíveis fósseis inimigas do ambiente.

De igual modo, enalteceu os investimentos no sector da saúde, que para si representam "uma verdadeira revolução" em todos os escalões de atendimento, apesar de reconhecer haver ainda muito por fazer no domínio do saneamento básico das cidades e vilas e melhoria da dieta alimentar dos cidadãos através do aumento da produção interna de bens alimentares.

O dirigente reafirmou também a necessidade de se fomentar a prática do desporto no seio da juventude, de bairro e escolar.

Recuperação de Activos 

Sublinhou que o Estado angolano continua empenhado na recuperação de activos desviados do país, mencionando os quase dois mil milhões de dólares americanos levados para diferentes países.

Adiantou haver contactos, desde  Dezembro de 2023, com as autoridades da Confederação Helvética da Suíça, onde grande parte desses recursos estão domiciliados em bancos, sem que o país tivesse conseguido ainda rever o montante.

De igual modo neste domínio, congratulou-se com facto de o país ter recuperado 500 milhões de dólares americanos que se encontravam em bancos do Reino Unido. 

Carreiras especiais 

Na sua intervenção, declarou que maior atenção está a ser prestada ao Ensino Superior,  com a construção de novas infra-estruturas para universidades e institutos superiores, com a formação e admissão de mais profissionais e, sobretudo, com uma melhor valorização da carreira docente universitária.

Anunciou o aumento dos salários dos profissionais de carreiras especiais, como os docentes universitários, os investigadores, os médicos militares e técnicos superiores de saúde a partir do mês de Junho do corrente ano.

 

Paz e estabilidade mundial 

O Presidente João Lourenço referiu que o mundo vive ameaças devido as rápidas e crescentes alterações climáticas e aos conflitos em curso em África, na Ásia, na Europa e no Médio Oriente.

Reafirmou que a invasão e anexação de territórios da Ucrânia pela Rússia viola e fere a Carta das Nações Unidas, o direito internacional, a sã convivência entre as nações e a paz conquistada com muito sacrifício pelas forças aliadas ao derrotar o nazismo em 1945. 

Por outro lado, João Lourenço declarou que a solução de dois Estados soberanos, o de Israel e o da Palestina, a conviverem pacificamente lado a lado, é a única viável e aconselhada para a paz na região.

Por este facto, argumentou que quanto mais tempo se levar a criar e reconhecer o Estado da Palestina “maior será o sofrimento de ambos os lados, de ambos os povos”. 

Com isso, disse recear o escalar do conflito para toda a região do Médio Oriente, que se teme poder vir a acontecer em qualquer momento, aconselhando Israel e o Irão para a máxima contenção.

O também chefe de Estado angolano afirmou que o momento exige a sabedoria e coragem necessárias da parte dos líderes mundiais, das organizações internacionais e das Nações Unidas, para pôr fim definitivo aos diferentes conflitos e contribuir realmente para a paz e segurança mundiais.  JFS/SC

 



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