Pesquisando. PF Aguarde 👍🏽 ...

João Lourenço condena ocupação de Goma pelo M23 na RDC

     Política              
  • Luanda • Quarta, 29 Janeiro de 2025 | 16h22
Presidente da República, João Lourenço (Arquivo)
Presidente da República, João Lourenço (Arquivo)
Pedro Parente-ANGOP

Luanda – O Presidente angolano, João Lourenço, deplorou esta quarta-feira a ocupação da cidade de Goma, capital da província do Kivu-Norte, no leste da República Democrática do Congo (RDC), pelo movimento M23 e exigiu a sua retirada imediata dos territórios ilegalmente ocupados.

Um comunicado de imprensa da Presidência da República, enviado esta quarta-feira à ANGOP, recorda que João Lourenço foi designado pela União Africana (UA) para mediar a crise político-diplomática e de segurança entre a RDC e o vizinho Rwanda.

A nota salienta que a acção do M23 (Movimento de 23 de Março) representa uma séria violação ao Processo de Luanda, que se reiniciou após encontros bilaterais em separado com os Presidentes Félix Tshisekedi e Paul Kagame, em Fevereiro e Março de 2024, respectivamente.

Enfatiza que, nos referidos encontros, ambos os estadistas concordaram em priorizar o cessar-fogo, a neutralização das Forças Democráticas de Libertação do Rwanda (FDLR) e o desengajamento de forças/levantamento das medidas de segurança adoptadas pelo Rwanda, isto é, a retirada das Forças de Defesa Rwandesas (FDR) do território da RDC.

O Estadista angolano apela, por isso, para à retirada imediata das Forças de Defesa do Rwanda do território congolês “para que se criem urgentemente as condições para a estabilização da vida das populações, incluindo a normalização do funcionamento do aeroporto da cidade de Goma em condições de segurança".

A estabilização da situação vai facilitar o regresso em segurança dos membros do Mecanismo de Verificação Alargado Reforçado (MVAR) e do Mecanismo de Verificação Alargado da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), esclarece a nota.

O documento indica ainda que a normalização da vida em Goma vai também permitir a entrada da ajuda humanitária a favor das populações deslocadas e refugiadas.

Sublinha que as discussões relativas à questão do M23 e de todos os outros grupos armados que actuam no território da RDC devem ser urgentemente retomadas no âmbito do Processo de Nairobi.

A RDC e o Rwanda devem respeitar os compromissos assumidos ao abrigo do Processo de Luanda, permitindo que se criem as condições necessárias para a convocação de uma cimeira tripartida em Luanda, com carácter urgente, em data a ser comunicada oportunamente, exorta..

Após um árduo processo negocial a nível dos respectivos ministros das Relações Exteriores apoiados pelos chefes dos Serviços de Inteligência dos três países, enfatiza o comunicado, foi possível decretar-se o cessar-fogo, que entrou em vigor aos 04 de Agosto de 2024.

Sustenta que a RDC e o Rwanda assumiram o compromisso de neutralizar as FDLR e desengajar as forças com o levantamento das medidas de segurança instauradas por este último, através da adopção do Conceito de Operações (CONOPs) e do Reforço do Mecanismo de Verificação ad’hoc com oficiais de ligação dos dois Estados.

Em conformidade com o projecto de Acordo de Paz submetido às partes, em Agosto de 2024, a questão referente ao M23, sempre apresentada pelo Rwanda como sendo interna da RDC, deve ser tratada no âmbito do Processo de Nairobi, plataforma para a promoção do diálogo inter-congolês, esclarece a nota.

Neste contexto, lembra que, a 15 de Dezembro de 2024, em Luanda, Uhuru Kenyatta, antigo Presidente do Quénia e facilitador designado pela Comunidade da África Oriental (EAC), comprometeu-se a acelerar com efeitos imediatos as consultas com o M23. DC





Fotos em destaque

CSMJ lança concurso público para provimento da vaga de presidente da CNE

CSMJ lança concurso público para provimento da vaga de presidente da CNE

 Quinta, 06 Fevereiro de 2025 | 11h27


Notícias de Interesse

A pesquisar. PF Aguarde 👍🏽 ...
+