João Lourenço assume chefia do Estado angolano

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  • Luanda • Quinta, 15 Setembro de 2022 | 18h10
Presidente da República, João Lourenço
Presidente da República, João Lourenço
Joaquina Bento - Angop

Luanda - O Presidente João Lourenço assumiu esta quinta-feira, por mais cinco anos, a mais alta magistratura do Estado angolano, em acto presenciado por cerca de 15 mil convidados nacionais e 50 delegações estrangeiras, entre os quais dezenas de Chefes de Estado e de Governo.

Na cerimónia, que decorreu na Praça da República, em Luanda, foi igualmente investida Esperança da Costa para o cargo de Vice-Presidente da República, no quadro das eleições de 24 de Agosto último.

O ponto alto da cerimónia, marcada por simbolismo e emoção, ocorreu precisamente às 11h:50, quando o Presidente João Lourenço assinou o Termo de Posse, em três vias, ratificado pela juíza presidente do Tribunal Constitucional (TC), Laurinda Cardoso.

Após a assinatura do Termo de Posse, a juíza presidente do TC, Laurinda Cardoso, colocou ao Presidente João Lourenço a medalha e o colar presidencial (símbolos do poder)

Com a mão direita sobre a Constituição da República, João Lourenço prestou juramento à Nação e a juíza presidente do Tribunal Constitucional procedeu à leitura do termo de posse.

Com este acto, João Lourenço assumiu, pela segunda vez, a mais alta magistratura do Estado angolano, sob o olhar atento dos convidados nacionais e internacionais, com destaque para os Chefes de Estado e de Governo de vários países.

Os mesmos procedimentos foram observados para a investidura da Vice-Presidente eleita, Esperança da Costa.

Após prestarem juramento à Pátria e tomarem posse, o Presidente João Lourenço e Esperança Costa foram bastante ovacionados pelos presentes.

Chefes de Estado testemunham investidura 

Entre os estadistas presentes no acto de investidura, destaque para os chefes de Estado da República Portuguesa, Congo (Brazzaville), República Democrática do Congo, e Cabo Verde, respectivamente, Marcelo Rebelo de Sousa, Denis Sassou Nguessou, Félix Tshisekedi e José Maria Neves.

Da Guiné Bissau veio também a mais alta figura do país, Umaro Sissoco Embaló, o mesmo acontecendo com o Zimbabwé, com a presença de Emmerson Mnangagwa.

Estiveram também presentes o Presidente da Guiné Equatorial, Obiang Nguema, de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova e da Zâmbia, Acaind Itchilema.

Os Estados Unidos estiveram representados com uma delegação chefiada pelo responsável para Cooperação Internacional e para o Desenvolvimento, Scott Nathan, que se fez acompanhar pelo embaixador norte-americano em Angola, Tulinabo S. Mushingi, e pelo vice-comandante para as relações civil-militar da direção dos EUA em África, Andrew Robert Young.

A juíza presidente do Tribunal Constitucional, Laurinda Cardoso, augurou, na ocasião, um mandato profícuo ao Presidente João Lourenço.

Observou que, com este acto de investidura, conclui-se mais um ciclo normal de renovação da legitimidade democrática do mais alto mandato constitucional de representação do povo para os próximos cinco anos, com a recondução do Presidente João Lourenço.

Notou que o Presidente da República é o real representante e defensor dos mais nobres interesses de Angola, "independentemente das legítimas preferências político-partidárias de cada um".

Espera que, neste segundo mandato, João Lourenço demonstre maior comprometimento para com a unidade nacional, "pois somos todos filhos da mesma Pátria, una e indivisível".

Solicitou ao Presidente reeleito para prosseguir com as reformas económicas "e não desistir de Angola e dos angolanos, incluindo aqueles que possam ter, temporariamente, desistido de Angola, acreditando que o país desistiu deles".

"Seja Presidente de todos: dos que votaram em si, dos que não votaram em si, dos que votaram em ninguém e dos que não votaram", concluiu a presidente do TC.

Agradecimento aos eleitores 

No seu discurso, após tomar posse, o Presidente João Lourenço agradeceu o povo angolano pelo civismo demonstrado nas eleições de 24 de Agosto último.

Agradeceu também aos eleitores pela confiança depositada no MPLA e ao seu candidato.

"Ao elegerem o MPLA, o seu candidato, apostaram na continuidade como forma segura de garantir a paz, a estabilidade e o desenvolvimento económico e social do país (...)", exprimiu.

O presidente João Lourenço prometeu mais postos de trabalho para os angolanos, fundamentalmente para a juventude, mais hospitais de nível primário e secundário, escolas, mais energia elétrica, reabilitação de estradas, entre outras infra-estruturas sociais.

A cerimónia foi marcada, também, com desfile dos três ramos das Forças Armadas Angolanas (Exército, Força Aérea Nacional e Marinha de Guerra Nacional) e da Polícia Nacional.

Os presentes observaram, também, um desfile de armamento e técnica das Forças Armadas Angolanas e da Polícia Nacional, um voo suave 777-300, da companhia área de bandeira (TAAG) e disparos de 21 salvas de canhão.





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