Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, assegurou este sábado, em Luanda, a continuidade do investimento do Executivo no sector da saúde, tendo em vista o alargamento da rede sanitária do país.
O Titular do Poder Executivo, que falava à imprensa no final de uma jornada de campo às obras de construção dos hospitais Geral de Viana e de Queimados do Kilamba, na capital do país, afirmou que as obras do sector em curso não vão parar, tendo anunciado para os próximos tempos a construção de várias unidades sanitárias noutras partes do território nacional.
“Ainda temos muitas unidades a construir a nível do país, não é só Luanda. E para essas unidade, fiquem descansados, haverá sempre recursos”, disse.
Afirmou estar previsto para 2024 a conclusão dos hospitais do Sumbe, na província do Cuanza Sul, de Ndalatando (Cuanza Norte) e o de Ondjiva (Cunene), bem como o início de construção das unidades sanitárias da Catumbela, na província de Benguela, do Bailundo (Huambo) e do Dundo, na Lunda Norte, além do já anunciado Hospital Geral de Malanje.
João Lourenço equacionou a possibilidade de o Hospital de Mbanza Congo, na província do Zaire, constar igualmente da lista para o ano de 2024.
Já na província do Bengo será inaugurado, ainda este ano, em Dezembro, o Hospital Geral de Caxito, a ser erguido na localidade do Bucula, a cinco quilómetros da sede provincial.
Para a capital do país (Luanda) disse que o Hospital Geral de Cacuaco tem a inauguração prevista para o próximo ano.
Além das unidades visitadas este sábado, projecta-se um Hospital Oncológico (nas imediações do Hospital Dom Alexandre do Nascimento/zona do Palanca) e outro de traumatizados, este último para atender a situações resultantes de acidentes rodoviários que são frequentes no país e incidem, fundamentalmente, sobre os jovens.
Em carteira está igualmente a edificação de um hospital oftamológico na região do Kilamba, município luandense de Belas.
Além das infra-estruturas, o Presidente sublinhou o investimento na formação de quadros, referindo que muitos prestam trabalhos em uniadades locais de referência, como, por exemplo, o Hospital Cardeal Dom Alexandre do Nascimento e o Azancote de Menezes.
Segundo João Lourenço, grande parte dos jovens nestas unidades fizeram licenciatura na Universidade Agostinho Neto (UAN), alguns especializaram-se na Europa, outros no Brasil, e regressaram ao país, demonstrando sentido patriótico, apesar da tendência, no mundo, do “roubo de cérebro”.
O Presidente constatou as obras do hospital de queimados, uma infra-estrutura a ser erguida na cidade do Kilamba, em Luanda, cujas obras tiveram início em Março de 2022, numa área de 48 mil metros quadrados, e estão a numa execução física na ordem dos 12 por cento.
Orçado em 149 milhões de euros, o projecto tem progresso financeiro de 8,67 por cento e está a ser implantado num espaço de 9,5 hectares.
O mesmo contempla quatro edifícios, com destaque para um principal, e outro auxiliar. Inclui uma estação de produção de oxigénio e de tratamento de água.
O edifício principal, é composto por seis pisos, devendo acolher, entre outros, um espaço administrativo, consultas externas, bloco de emergências, fisioterapia, emagiologia, serviço auxiliar, técnico, lavandaria, morgue e armazéns.
Os seis andares estarão interligados por um túnel de serviço ao edifício auxiliar que alberga os serviços de Mecânica, Electricidade e Canalizações (MEC).
Na parte exterior, o projecto contempla também a construção de um parque de estacionamento com capacidade para mais de 364 viaturas. VC/AL/ADR