Mascate (Dos enviados especiais) - O jantar oficial oferecido pelo sultão de Omã, Haitian Bin Tarik Al Said, em honra à visita de Estado do Presidente da República, João Lourenço, encerrou o primeiro dia da jornada de trabalho do estadista angolano em terras omanenses.
O momento foi marcado pela troca de presentes que celebra a amizade entre os dois povos, alicerçada nesta deslocação do Presidente da República.
João Lourenço recebeu de Haitian Bim Tarik Al Said uma espada, um símbolo tradicional de Omã.
Em retribuição, o Chefe de Estado ofereceu uma obra de arte, que valoriza a cultura angolana.
O Presidente da República chegou a Omã cerca das 9h00.
A meio da tarde desta quinta-feira, iniciou-se formalmente a visita de Estado do Presidente João Lourenço ao sultanato de Omã, com a realização da cerimónia protocolar de acolhimento no Palácio Real Al Alam.
Saudou o Chefe de Estado angolano, à chegada, o sultão Haitham Bin Tarik Al Said, ao lado de quem escutou a execução do Hino Nacional da República de Angola, ao mesmo tempo que se disparavam 21 salvas de canhão.
Acto contínuo, os dois Chefes de Estado conheceram as delegações que os acompanhavam, seguindo depois para um encontro alargado que deu lugar a outro mais restrito.
Nos dois momentos, o reforço das relações de cooperação entre as duas nações foi o mote.
Haitham Bin Tarik e João Lourenço destacaram o modo como a cooperação entre Omã e Angola se está a desenvolver, com acções efectivas e de grande impacto a concretizarem-se sem demoras nem entraves.
Sublinharam, entre outros exemplos, a entrada de Omã no exercício da produção de diamantes em Angola (Catoca e Luele) e a autorização, pelas autoridades angolanas, de abertura em Angola de um banco do sultanato, com a finalidade de tornar fluídos os negócios entre os dois países.
Os dois países rubricaram quatro instrumentos jurídicos para o reforço da cooperação.
Trata-se do memorando de entendimento entre o Ministério das Finanças de Angola e o Banco de Investimento de Omã que estabelece o quadro de cooperação estratégica para fortalecer os laços económicos e financeiros entre os dois países.
Rubricaram o Acordo para Aquisição de Participações nas minas diamantiferas de Catoca e Luele em Angola e o Acordo de Parceria entre a empresa angolana Endiama e a Maden Investment Group, subsidiária do Fundo Soberano de Omã.
Juntam-se aos resultados que esta missão ao Médio Oriente produziu, a assinatura do memorando de entendimento para a Exploração de Oportunidades de Cooperação nos sectores Energéticos entre o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola e o Massadr Energy Group.
No segundo e último dia da visita (sexta-feira), a agenda reserva a deslocação do Chete de Estado angolano ao Museu Nacional de Omã, última actividade da sua visita ao sultanato.
O Museu Nacional é a principal instituição cultural de Omã, exibindo a herança do sultanato desde as primeiras evidências de ocupação humana na Península de Omã até aos dias actuais.
Cooperação bilateral
Em Maio do corrente ano, no quadro do reforço da cooperação bilateral, os dois Estados rubricaram, em Luanda, três acordos de cooperação nos domínios financeiro, agrícola e da indústria transformadora, que sinalaram o arranque da cooperação.
Foi a primeira visita de uma delegação oficial do sultanato de Omã a Angola, gerando expectativas quanto ao estreitamento das relações de amizade e cooperação entre os dois Estados nos domínios assinados e em outros campos de interesse mútuo.ART