Benguela - A presidente do Instituto Superior de Ciências da Educação de Benguela, Maria da Conceição Barbosa, afirmou, esta terça-feira, que os 22 anos de paz e reconciliação nacional representam um desafio na luta pelo progresso político, social e económico da Nação.
A responsável falava durante uma mesa redonda, promovida pelo ISCED em colaboração com o Governo Provincial, sobre "O sentido e significado da consolidação da paz e da reconciliação nacional".
Maria da Conceição Barbosa disse que as instituições de ensino são chamadas a capacitar os seus profissionais para promoverem e preservarem os ganhos da paz, em benefício das gerações vindouras.
A dirigente universitária disse que o evento foi realizado numa altura em que o país comemora 22 anos (4/4/2002) desde que os angolanos decidiram pôr termo à guerra civil e abraçar os desafios da paz, reconciliação e consolidação do Estado Democrárito de Direito.
Na sua óptica, esse representa um pressuposto de valores potenciadores de desenvolvimento social e económico do país.
Segundo ela, os 22 anos de paz em Angola coincidem com um conjunto de tensões que caracterizam o mundo actual, com sinalizações cada vez mais evidentes da sua transformação em conflitos regionais.
Na sua opinião, esta instabilidade tem consequências que incidem, por exemplo, no agravamento das condições sociais das populações nas zonas em conflito, mas com reflexos nos demais países do globo.
“Neste marco, a paz continua a ser ecoada por todos os organismos internacionais e não só, como um dos pilares centrais para o alcance do desenvolvimento sustentável, de acordo com o décimo sexto objetivo da Agenda 2030 das Nações Unidas”, afirmou.
Disse ainda que, este repto, induz a institucionalização de organismos de formação de formadores com a responsabilidade de potenciar planos e ações concretas condizentes com a preservação da paz e a consolidação dos Estado Democrático de Direito.
Por sua vez, o director provincial da Educação, Edmundo Salupula, na qualidade de representante do Governo Provincial, aproveitou a ocasião para realçar que o sector que dirige continua a ser um elemento fundamental do processo de paz.
Considerou importante que o professor saiba o sentido e o significado da paz, porque é um agente de mudança em qualquer sociedade.
Edmundo Salupula defendeu que a paz é um processo, daí que, às vezes , ainda há problemas que não encontram resposta por parte dos governantes, sendo, nalguns casos, necessário recorrer às universidades para ajudar a resolvê-los.
“Cada um de nós, em casa, no trabalho, na igreja ou na rua, deve ser um agente da paz e devemos inculcar a cultura de paz na criança”, apelou o direcor.
Dirigentes, professores e estudantes universitários trocam impressões sobre as várias nuances da paz, dando exemplo de situações boas e menos boas vivenciadas pela população, nas dezoito províncias do país. TC/CRB