Benguela - O inspector-geral da Administração do Estado (IGAE), João Manuel Francisco, exortou, esta segunda-feira, nesta cidade, os servidores públicos a trabalhar para a satisfação das necessidades colectivas.
Segundo João Francisco, que falava à imprensa, após um encontro com o governador provincial de Benguela, Luís Nunes, mesmo numa fase de contenção económica, os servidores devem dedicar-se ao trabalho, ser zelosos e leais aos seus superiores hierárquicos.
Na mesma senda, defendeu o respeito da ética na relação com os cidadãos, sobretudo o dever de urbanidade, "onde às vezes falham", e a satisfação das necessidades destes para garantia de uma sociedade mais justa.
O inspector reconheceu, no entanto, que os erros fazem parte da humanidade."O que não deve haver é má-fé, o erro consciente com o objectivo de prejudicar ou lesar os interesses dos cidadãos", disse.
"Uma sociedade plural, democrática, deve estar atenta aos problemas e procurar lembrar o servidor sobre a sua função de garantir o interesse público, de criar o espírito de confiança, e não um ambiente de medo, de chacota ou desmotivação", asseverou.
"Agir com ética tem a ver com o respeito pela legalidade", disse, acrescentando que "quem trabalha deve ser respeitado e quem erra deve ser corrigido e assumir os seus erros".
"É nos momentos de dificuldades em que todos nós devemos superar os problemas", acrescentou.
Questionado sobre a relação da IGAE com a Procuradoria-Geral da República e outros órgãos da administração justiça, o inspector advoga a necessidade de cada instituição trabalhar segundo as suas competências, sem interferências.
João Manuel Francisco trabalhou recentemente nas províncias do Cuando Cubango, Huíla, Cunene e Namibe, onde também procurou inteirar-se sobre o funcionamento da IGAE e baixou orientações para dinamização das suas actividades.
Em Benguela, o inspector-geral da Administração do Estado vai participar, nesta terça-feira (19), numa palestra sobre "Ética na Administração Pública", em que estarão também vários servidores públicos, entidades judiciais e convidados. TC/CRB