Luanda – A III edição do Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz - Bienal de Luanda foi aberta esta quarta-feira, na capital angolana, com a participação de mais de 850 convidados.
Ao proferir a mensagem de boas-vindas, a coordenadora da Bienal de Luanda, Dalva Ringote, afirmou que o continente africano tem na paz o objectivo comum.
Destacou que Angola é um país de paz e sublinhou os esforços do Presidente da República, João Lourenço, na pacificação do continente, em particular na região dos Grandes Lagos.
Para a também ministra de Estado para a Área Social, a paz deve ser a base para o progresso, o desenvolvimento dos Estados e do capital humano, tecnológico e para a inclusão das mulheres.
Por seu turno, o presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Mahamat, enalteceu o engajamento do Chefe de Estado angolano na organização do evento.
A Bienal de Luanda terá como oradores os antigos Presidentes da Nigéria, de Moçambique e do Malawi, nomeadamente, Olusengu Obasanjo, Joaquim Chissano e Joyce Banda.
A lista de oradores inclui ainda os presidentes da União Africana, Azali Assoumani, da Comissão da UA, Moussa Mahamat, e o conselheiro desta organização continental, Kgalema Motlanthe.
Confirmadas estão as presenças dos Presidentes de Cabo Verde, José Maria Neves, São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, e da Etiópia, Sahle-WorkZewed, bem como o Vice-Presidente da Namíbia, Nangolo Mbumba, e da Primeira-Ministra da Guiné Equatorial, Manuela RokaBotey.
O evento conta com seis painéis de diálogo, no formato de mesa redonda, com destaque para o I Painel, denominado "Diálogo Intergeracional de Alto Nível", que terá como oradores os Chefes de Estado.
Para assegurar uma ampla participação, o fórum adoptou um formato híbrido das sessões, com participação presencial e virtual no primeiro e segundo dia.
O programa prevê, também, actividades paralelas, tais como um concerto musical da ResiliArt Angola, com cantores cabo-verdianos, camaroneses e angolanos, exposição de artes e a actuação do grupo nacional de Dança Sassa Tchokwé, bem como momentos de artistas de música gospel.
Dentre os resultados esperados nesta edição, realce vai para o aprofundamento da partilha de visões sobre a cultura de paz, segurança, cidadania africana, democracia no continente, com a edificação de sociedades mais pacíficas, transformando atitudes e abordagens nos domínios da política, economia e cultura, para o fortalecendo dos pilares do progresso integral do continente.
Espera-se ainda a articulação com a União Africana para a preparação e realização das actividades do continente inerentes à Paz e Reconciliação em África, em virtude da designação do Presidente da República, João Lourenço, como Campeão da Paz e Reconciliação da União Africana.
A Bienal de Luanda serve como plataforma de implementação do "Plano de Acção para uma Cultura de Paz em África - Actuemos pela paz", adoptado em Março de 2013, na capital angolana, no Fórum Pan-Africano "Fontes e Recursos para uma Cultura de Paz". VM