Luanda - Angola celebra este domingo, 4 de Fevereiro, 63 anos do início da Luta Armada de Libertação Nacional, sob o lema “Preservando os valores da Pátria, honremos os nossos heróis".
A data fica grafada na história de Angola por ter sido o marco da luta armada que culminou, 14 anos depois, com a proclamação da Independência Nacional, a 11 de Novembro de 1975, pondo fim ao processo de ocupação e colonização portuguesa iniciado no século XV.
Foi na madrugada do dia 4 de Fevereiro de 1961 que cerca de 200 nacionalistas angolanos, armados de catanas e outras armas brancas, desencadearam uma serie de ataques a várias cadeias para libertar presos políticos do regime colonial português.
Os ataques à Casa da Reclusão Militar, às cadeias da PIDE e da 7ª Esquadra da Polícia de Segurança Pública, bem como à “Emissora Oficial de Angola”, em Luanda, culminaram com a morte de 40 nacionalistas, seis Polícias e um militar, de acordo com dados oficiais.
Para manter viva a importância destes factos históricos e transmití-los às gerações posteriores, reforçar o sentido de patriotismo e os valores da liberdade, paz e solidariedade, a data foi elevada à categoria de "Feriado Nacional".
Graças a determinação e aos sacrifícios consentidos pelos heróis do 4 de Fevereiro, o país vai dando passos sustentados para consolidar o Estado Democrático e de Direito, o desenvolvimento económico e social e se afirmar no concerto das nações.
São actualmente notáveis um conjunto de medidas e acções para a transformação estrutural da economia, aumento da produção nacional e a diminuição da exportação de produtos passíveis de produzir localmente.
A prioridade está virada ainda para alcance da segurança alimentar e diversificação das receitas, num país rico, com solos férteis e água em abundância.
Um dos cinco eixos da Estratégia de Longo Prazo ANGOLA – 2050, recentemente aprovada, aponta como metas o alcance de “uma economia diversificada e próspera, com ênfase nos sectores da agricultura, pecuária, pesca, indústria transformadora, recursos minerais e turismo”.
Atenção continua a ser dada ao investimento nas infra-estruturas dos sectores da energia, águas, transportes, habitação, educação, saúde e telecomunicações, entre outros, para relançar a actividade económica e aumentar a oferta de emprego, principalmente para juventude.
Ante os desafios actuais, somos todos chamados a contribuir mais activamente, com patriotismo e abnegação ao trabalho em prol do desenvolvimento de Angola para honrar o legado deixado pelos heróis do 4 de Fevereiro de 1961.JFS/VIC