Cuangar – O director geral do Instituto Nacional de Estatística (INE), José Calenji, considerou este sábado positivo o trabalho executado por agentes de campo, inerente na identificação de casos especiais nas zonas censitárias nas sete províncias abrangidas para o Censo Piloto, nomeadamente Bengo, Bié, Cuando Cubango, Cunene, Luanda, Lunda Norte e Uíge.
José Calenji fez esta consideração no final da sua visita de dois dias de avaliação das actividades em curso do Censo Piloto, que decorre desde 19 de Julho a presente data no município do Cuangar, 490 quilómetros a Sul da cidade de Menongue, capital do Cuando Cubango, o que vai contribuir para o êxito do processo.
O também coordenador geral do grupo técnico da Comissão Multissectorial para o Censo Piloto assegurou que os indicadores obtidos vão contribuir para o processo do renascimento da população e habitação, que inicia na próxima segunda-feira (7) deste mês, nas sete províncias seleccionadas.
O responsável reiterou que o êxito do processo dependerá em grande medida da colaboração da população abrangida nos municípios seleccionados nesta primeira fase, esperado que venha a receber bem os agentes, dando as informações reais, para o êxito do Censo Geral da População a acontecer em 2024 no país.
O dirigente explicou que o processo de recolha de dados especiais abrangeu zonas como as unidades militares, policiais, serviços penitenciários, cidadãos sem-abrigo, hospitais, entre outras instituições identificadas e catalogadas, cujos resultados serão divulgados brevemente.
José Calenji admitiu não registar, até ao momento, nenhuma anomalia nos casos de recolha de dados especiais, em função do cumprimento cabal de exigências concernentes à identificação, catalogação e solicitação da anuência para a colecta de informações às instituições afins.
Depois do Cuando Cubango, os membros do Grupo Técnico irão à província do Cunene, na próxima semana.
O município do Cuito Cuanavale, que dista a cerca de 189 quilómetros da cidade de Menongue, capital do Cuando Cubango, possui 19 zonas censitárias, sendo uma urbana e 18 rurais. Vai contar com a intervenção de 21 agentes de campos, três assistentes técnicos locais e dois de informática, um municipal e igual número de assistente comunal.
Já o Cuangar, que dista a 450 quilómetros da cidade capital do Cuando Cubango, possui 17 zonas censitárias, sendo 13 rurais e quatro urbanas, conta com 19 agentes, três assistentes técnicos locais e dois de informática, um municipal e igual número de assistente comunal.
A província do Cuando Cubango, segunda maior do país, com mais de 199 mil quilómetros quadrados, conta com perto de 535 mil e 838 habitantes, de acordo com o censo de 2014, com uma projecção, para 2023, de 697 mil e 397 habitantes. ALK/JSV