Benguela – Pelo menos duas mil e quatrocentas (2.400) denúncias de diversos cidadãos são registadas, mensalmente, pela Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE), através do terminal telefónico 119, soube hoje a ANGOP.
Segundo a directora nacional de inspecção, fiscalização, sindicância e averiguações da IGAE, Petruska Ribeiro, que dissertava, em Benguela, o tema “IGAE no combate à corrupção – desafios”, dirigido a gestores públicos, estes números perfazem uma média de 80 denúncias/dia.
Essas denúncias chegam a IGAE sobretudo através do terminal telefónico gratuito nº 119, informou.
Relativamente à província de Benguela, a responsável referiu que está em funcionamento, há dois meses, uma representação da IGAE, ainda em fase de organização, mas que os cidadãos locais podem continuar a usar o terminal nacional para fazer denúncias.
Por seu lado, o inspector-geral da IGAE, Sebastião Gunza, frisou que o surgimento das delegações provinciais da IGAE resulta da reforma da sua função inspectiva, mediante o abandono do chamado modelo de “auto inspecção", pondo fim aos serviços de inspecções sectoriais locais e aglutinando-os num só órgão.
Segundo Sebastião Gunza, a actuação da IGAE, no controlo interno, operacionaliza-se mediante acções proactivas, com as quais se procuram detectar fraudes, actos de corrupção e de improbidade, irregularidades e desvios de condutas da parte dos funcionários e agentes administrativos.
Frisou que, as acções preventivas e pedagógicas, constituem formas predilectas de actuação, com as quais a IGAE procura contribuir para a educação dos funcionários e agentes públicos, no espírito da observância rigorosa da legalidade e disciplina.
Em declarações à ANGOP, Josefina Calembe, delegada da IGAE em Benguela, disse que ainda não arrancou o processo inspectivo, localmente, porém, a instituição já conta com alguns casos de pequena corrupção.
“Já estão registadas algumas denúncias, mas ainda não se deu início ao processo inspectivo”, enfatizou.
A IGAE está a realizar, pelo país, acções formativas para potencializar os gestores públicos, de modo a que, nos próximos tempos, não se escudem no desconhecimento tanto das leis, como da função do órgão inspectivo.
Esta foi a primeira acção do género desde a abertura da delegação da IGAE na província, em Março último.