Talatona – Mais de 30 profissionais e agentes ligados à protecção e gestão dos recursos marinhos estão a ser capacitados em cultura marítima e segurança no mar, para o fortalecimento da economia azul no país.
A formação, promovida pelo Instituto de Defesa Nacional (IDN), teve início hoje, segunda-feira e decorrerá até o dia 22 de Novembro do conrrente ano.
O programa abrange temas como a estrutura e funcionamento do sistema nacional de segurança marítima, legislação aplicável ao sector e as oportunidades e desafios da economia azul.
A iniciativa tem como objectivo fortalecer as competências dos participantes, promovendo uma gestão mais eficiente dos recursos marinhos, Segurança Marítima e Economia Azul em Angola.
Em entrevista à imprensa, o Consultor Externo do IDN, Fraio Monteiro, sublinhou que se pretende capacitar os agentes sobre subsistemas e actividades relacionadas ao uso do mar, como recreação, desportos e comércio, além de preparar os profissionais para lidar com incidentes no ambiente marítimo.
Fraio Monteiro classificou a segurança marítima como “evolutiva”, tendo mencionando os esforços da Marinha Nacional na protecção de recursos minerais e da biodiversidade marinha, factores que desempenham um papel crucial na economia do país.
No entanto, apontou que a ausência de uma cultura consolidada de segurança e o descumprimento de normas são desafios significativos.
Questionado sobre a Segurança no Mar, tendo em conta o trágico naufrágio, ocorrido no último sábado (16), durante uma procissão marítima, em homenagem a Nossa Senhora do Cabo, que causou seis mortes e mais de 20 feridos, devido à superlotação e à negligência nas medidas de segurança, apontou falhas humanas e reforçou a necessidade de conscientização e respeito às normas de navegação.
Segundo ele, o programa do IDN reflecte o compromisso do país em promover o uso sustentável dos recursos marítimos e consolidar a posição do país no cenário internacional.
Frisou que a formação reforça a importância de estratégias integradas para a protecção dos mares, incentivando actividades como pesca sustentável, turismo marítimo e exploração de recursos naturais.
“Essa capacitação não apenas melhora a segurança marítima, mas também assegura benefícios económicos e sociais para a população angolana”, concluiu.GIZ/MAG