Ramiros - O político e histórico militante do MPLA Roberto de Almeida perspectivou esta sexta-feira, em Luanda, uma presidência auspiciosa de Angola durante o seu mandato na União Africana (UA).
Roberto de Almeida, que falava à margem da reunião do Conselho de Honra do MPLA, referiu que o panorama africano não é muito famoso, pelo facto de existirem situações de guerra em muitos países, alguns próximo de Angola.
O antigo presidente da Assembleia Nacional disse que o país vai assumir a presidência da União Africana pela primeira vez, e lembrou que o Presidente João Lourenço tem feito muito para conciliar o continente, intervindo na mediação entre países irmãos.
Segundo Roberto de Almeida, o país vai continuar a desempenhar um papel importante no continente, frisando que este mandato será um sucesso.
Para a também militante histórica Conceição Caposso, passados muitos anos, "há efectivamente outros desafios, não só os internos, mas também os do ponto de vista externo".
“Neste novo compromisso, Angola tem de trabalhar para a paz, não apenas interna, mas também do continente”, acrescentou.
“É preciso que entre os africanos exista união, para o desenvolvimento dos nossos países”, frisou.
Conceição Capusso mostrou-se esperançosa em que, brevemente, haja maior união entre as Nações do continente e uma presidência de Angola exemplar.
Já Luzia inglês, também uma histórica do MPLA e antiga secretária-geral da OMA, considerou como grande honra para Angola assumir a presidência da União Africana, visto que o país tem dado muita força nesta organização para a resolução de conflitos.
A militante disse acreditar que Angola vai passar toda a sua experiência na primeira pessoa para terminar com as guerras que ainda acontecem no continente .
Para o antigo embaixador de Angola junto das Nações Unidas, Ismael Martins, a presidência de Angola vai trazer para a União Africana dados importantes, visto que o país foi dos poucos que pôs fim à sua guerra sem ajuda externa.
Disse que o continente precisa de depor as armas, porque sem estabilidade não há desenvolvimento e, sem desenvolvimento, não é possível construir os Estados.
A reunião do Conselho de Honra do MPLA decorreu no Complexo do Futungo II e foi presidida pelo líder do MPLA, João Lourenço, tendo como objectivo analisar o programa das celebrações dos 50 de independência de Angola e a atribuição de medalhas de honras a figuras que se destacaram ao longo deste período.AKA/SC