Viana - O historiador José Paquissi Mendonça apelou, este sábado, à juventude para tirar ilações positivas do dia dos mártires da repressão colonial, por constituir um dos pontos de partida para a conquista da independência nacional.
O também professor universitário falava numa palestra sobre a importância histórica do 04 de Janeiro de 1961, que decorreu sob o lema "Angola 50 anos: Preservar a valorização das conquistas alcançadas, construindo um futuro melhor".
Ressaltou que a revolta dos camponeses da região da Baixa de Cassanje contra o regime colonial português, a 04 de Janeiro de 1961, na antiga companhia luso-belga da Cotonang e o início da luta armada, 04 de Fevereiro do mesmo ano, impulsionaram a conquista da indendência nacional.
Lembrou que as reinvindicações dos camponeses angolanos foram motivadas por maus tratos do patronato e dos preços baixos impostos aos seus produtos.
Segundo o historiador, fruto dessa rebelião foram surgindo outras manifestações contra o colono, exemplificando o 15 de Janeiro de 1961 e 4 de Fevereiro do mesmo ano, em que nacionalistas angolanos, armados de catanas e outras armas brancas, desencadearam uma série de ataques às várias cadeias para libertar presos políticos do regime colonial portugûes.
José Paquissi Mendonça enfatizou que essas datas marcaram e constituem o ponto de partida para aquilo que foi a acção dos nacionalistas angolanos para a luta pela independência nacional, a 11 de Novembro de 1975.
No contexto actual, apelou aos jovens a continuarem a lutar para sua autodeterminação com o diálogo e não violência, visando o desenvolvimento dos sectores fundamentais do país como a agricultura.
Defendeu, por outro lado, a distribuição equitativa dos bens produzidos no país a todos angolanos, a consolidação da paz e a reconciliação nacional. AA/DC