Luanda – Os membros do Conselho Provincial de Auscultação da Comunidade de Luanda divergiram, esta quarta-feira (31), nas suas contribuições sobre o processo de implementação da proposta de divisão político-administrativa do território da capital do país (Luanda), de iniciativa do Grupo Parlamentar do MPLA.
Durante o encontro de auscultação, orientado pelo governador da província de Luanda, Manuel Homem, no Memorial António Agostinho Neto, o membro do Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA), João Bongue, defendeu que a contribuição da instituição em relação ao assunto devia ser colectiva e não individual.
Para o soba do distrito urbano da Baia (município de Viana), Pedro Gonga, a sua circunscrição devia também ser elevada já à categoria de municipalidade, visto que no passado (período colonial) foi uma área de produção de algodão, que deve merecer, na sua opinião, outra atenção das autoridades para o seu desenvolvimento.
Já o secretário provincial de Luanda da Frente de Libertação de Angola (FNLA), Xavier Gonçalves Dunga, disse que o seu partido apoia a iniciativa da proposta da divisão político-administrativa, visto que vai ajudar a melhorar o quadro sócio-economico actual nas comunidades.
Por seu turno, o secretário-geral do “Processo dos 50”, José Diogo Ventura, defendeu que a proposta devia ser primeiro analisada pelas várias classes da urbe-luandense e, a posterior, num fórum mais amplo, considerando, entretanto, como importante a divisão para melhor gestão administrativa.
Antes da auscultação, o presidente em exercício do Grupo Parlamentar do MPLA, deputado Vigílio Tiova, apresentou os argumentos de razão sobre o processo de implementação da proposta de divisão político-administrativo do território da província de Luanda, tendo avançado como uma das motivações o êxodo populacional.
Já o deputado Paulo de Carvalho, em declarações à imprensa, disse que da auscultação feita junto dos conselhos das comunidades dos nove municípios e também da província, a maioria dos seus intervenientes apoiam a ideia da divisão administrativa, com algumas chamadas de atenção, no sentido de o Executivo actuar para implementar políticas públicas de desenvolvimento e progresso das regiões.
“A intenção é descongestionar e aproximar os serviços aos cidadãos que vivem nas áreas mais recônditas”, salientou.
Em relação as contribuições, o deputado disse que não há dúvida que o nome da capital do país vai manter-se, havendo sim sugestões para a segunda região, como Icolo e Bengo, Cuanza Bengo, Longa-Cuanza-Bengo, entre outras propostas.
O Conselho Provincial de Auscultação da Comunidade de Luanda é órgão de apoio consultivo do Governo Provincial de Luanda (GPL) que tem a competência de apoiar na apreciação dos assuntos e matérias relativas ao desenvolvimento económico e social da província.
Estes órgão é presidido pelo governador e composto pelos membros do GPL, entre outras convidadas, conforme Decreto Presidencial número – 225/18, de 27 de Setembro. LDN/SC