Huambo – A governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, reiterou esta quarta-feira, a contínua aposta do Governo local na melhoria das condições sociais dos cidadãos, através da solidariedade entre gerações.
Na mensagem de exortação distribuída à ANGOP, por ocasião da celebração do 63º aniversário do Dia dos Mártires da Repressão Colonial, que se assinala a 4 do corrente mês, disse que o bem-estar das famílias contínua a estar no centro das atenções do Governo do Huambo, com a criação de mais oportunidade para os jovens.
Acrescentou que as autoridades vão, igualmente, apostar na protecção e valorização do papel do idoso e da criança, com foco na promoção da família, enquanto pilar da Nação e no desenvolvimento integral.
Lotti Nolika declarou que a celebração do Dia dos Mártires da Repressão Colonial visa homenagear as vítimas do massacre da Baixa de Cassanje e, ao mesmo tempo, reconhecer o papel vital do povo angolano, exaltando a bravura dos heróicos filhos de mantêm viva a chama da independência.
Lembrou que em 1961 milhares de camponeses da Baixa de Cassanje enfrentaram desumanidades do exército colonial português, em resposta às reivindicações justas.
Conforme a governante, este episódio, não só marcou a resistência, mas, também, impulsionou a consciência nacional, unindo os angolanos para o início da Luta Armada de Libertação Nacional a 4 de Fevereiro do mesmo ano, que culminou a proclamação da Independência Nacional, a 11 de Novembro de 1975.
Sublinhou que a comemoração do Dia dos Mártires lembra os sacrifícios, a determinação e a abnegação dos heróis do passado.
Por isso, exortou a população a seguir o exemplo de bravura dos heróis do 4 de Janeiro e a demonstrar um profundo respeito por àqueles que deram as suas vidas para que hoje Angola pudesse estar livre e se tornar num país soberano.
Espera que a população continue a preservar a paz duramente conquistada, de modo a que esta seja o alicerce para a verdadeira reconciliação nacional e desenvolvimento, prestando honra e glória aos heróis tombados no Massagre da Baixa de Cassanje, para que o exemplo de coragem possa guiar a cada angolano rumo a um futuro de prosperidade e unidade.
O 4 de Janeiro de 1961 representa um marco histórico que atingiu mais de dez mil camponeses da ex-companhia de Algodão de Angola (Cotonang), na Baixa de Cassanje, que foram barbaramente assassinados pelos colonialistas portugueses, por exigência dos direitos de trabalhadores, abolição do trabalhado forçado, isenção de pagamentos de impostos e outros maus-tratos a que estavam submetidos pelo jugo colonial. ALH