Dundo – A governadora provincial da Lunda Norte, Deolinda Satula Vilarinho, apelou hoje, segunda-feira, ao reforço das medidas operativas ao longo da fronteira com a República do Congo (RDC), para um melhor combate à imigração ilegal.
Perspectivando o ano económico 2023, a governante disse ser necessário equipar os postos fronteiriços com equipamentos modernos e eficazes, para travar este fenómeno, que nos últimos anos tem vindo a aumentar.
Dados da Polícia Nacional apontam que de Janeiro a presente data, foram registados 112 casos de violação de fronteira, mais 20 em comparação com o período homólogo, que resultaram na detenção de 25.524 cidadãos da RDC, contra 1.358 do ano 2021.
Foram expulsos do território nacional, 11 mil e 10 imigrantes irregulares da RDC, mais 585 em relação ao período homólogo, através dos postos fronteiriços de Chissanda, Furtuna, Nachiri, Lupemba, Itanda, Nordeste, Furi-3 e Marcos-5, nos municípios de Chitato e Cambulo.
Deolinda Satula, considera que índice de casos de imigração ilegal deve ser uma preocupação constante dos órgãos afins e da população que reside ao longo das fronteiras, por representar uma ameaça à soberania.
Pediu à população no sentido de continuar a colaborar com os órgãos de defesa e segurança, evitando auxílio à imigração.
Defendeu igualmente, a necessidade de se reforçar as medidas de combate ao tráfico ilícito de diamantes e contrabando de combustível ao longo das fronteiras e não só, por representarem um perigo à economia.
A província da Lunda Norte, com quase um milhão de habitantes, resulta da divisão da antiga província da Lunda, a 4 de Julho de 1978. Está localizada no Leste do país e é constituída pelos municípios de Chitato (capital política e económica), Cambulo, Caungula, Cuilo, Cuango, Capenda Camulemba, Lucapa, Lubalo, Lóvua e Xá-Muteba.
A extensão fronteiriça com a RDC é de 770 quilómetros, dos quais 650 terrestres e 120 fluviais.