Ndalatando - O governador da província do Cuanza Norte, Pedro Makita Júlia, solicitou hoje, quinta-feira, em Ndalatando, Cuanza Norte, aos líderes religiosos locais a contribuírem com ideias e acções para a materialização do programa de governação para o quinquénio 2022/2027.
Segundo o dirigente, que falava à imprensa à margem de um encontro de auscultação com lideres religiosos, a igreja como uma instituição milenar e parceira do Governo Provincial deve ajudar na resolução de problemas que afectam directamente a vida dos cidadãos.
Pedro Makita Júlia frisou que o Governo da Província está a preparar um conjunto de acções que serão implementadas em vários sectores e que a auscultação de todas as instituições afigura-se como um imperativo para a materialização do programa.
Apontou a delinquência, o desemprego, a falta de espaços de lazer para a juventude, agricultura, educação, saúde energia e águas, entre outras, como as principais questões apresentadas pelos líderes religiosos.
Para o governador, as duas instituições devem continuar a trabalhar juntos para a busca de melhores soluções para os problemas que afectam os cidadãos.
O pastor da igreja do Bom Deus em Ndalatando, Albino Pedro Samba, valorizou o encontro, afirmando que, além de constituir uma oportunidade para expor as inquietações que afligem a instituição, serviu igualmente para conhecer o governador e saber quais os seus planos de governação.
Entre as várias questões reflectidas no encontro, Albino Pedro Samba apontou as dificuldades que a sua igreja tem encontrado junto às administrações municipais para aquisição de terreno para a edificação de templos e de projectos sociais como escolas, centros de saúde e orfanatos.
O reverendo da igreja Universal do Reino de Deus, Albano João, chamou a atenção em relação à violação dos direitos da criança que muitas vezes, em detrimento da escola, às famílias levam-nas às lavras e em outras actividades que podem comprometer o futuro das mesmas.
O director do Gabinete Provincial da Cultura, Turismo e Ambiente, Rosa Carlos frisou que o governo continua a valorizar a parceria com as instituições religiosas, que têm contribuído para dirimir muitos problemas sociais através das suas doutrinas e acções práticas.
Rosa Carlos explicou que das 92 instituições religiosas legalizadas no país, 21 estão instaladas na província.
Considerou que na província não existe o fenómeno de proliferação de ceitas, pelo facto do governo continuar a sensibilizar os cidadãos sobre o perigo que esse mal representa para a sociedade.