Benguela - O governador provincial de Benguela, Luís Nunes, sublinhou, esta quinta-feira, que a visita do Primeiro-ministro de Portugal significa um novo impulso ao investimento português na região, no âmbito da cooperação económica entre os dois países.
Luís Nunes falava a jornalistas no aeroporto Paulo Teixeira Jorge, na Catumbela, onde Luís Montenegro e a delegação que o acompanha desembarcaram na manhã desta quinta-feira, para uma curta visita de trabalho à província de Benguela.
É neste quadro que o governador reconheceu ser uma visita benéfica para a província, porque o Primeiro-ministro traz consigo alguns empresários portugueses que vão constatar o que Benguela tem para oferecer em termos de oportunidades de negócio.
Para Luís Nunes, a deslocação do chefe do governo português a Benguela vem também demonstrar as relações privilegiadas entre Portugal e Angola.
"Continuamos a lutar para que essas relações se tornem ainda melhores", realçou o governante, apontando ser objectivo do Executivo angolano a captação de algum investimento português para dinamizar a economia nacional.
Daí ter justificado que as atenções do Primeiro-ministro português estejam centralizadas, po exemplo, nas infraestruturas estratégicas do Corredor do Lobito, hoje sob gestão privada para 30 anos.
Em causa estão o Porto do Lobito, os Caminhos-Ferro de Benguela (CFB), a Lobito Atlantic Railway (LAR), sendo esta última a gestora do Corredor do Lobito, com foco na transportação de minérios da República Democrática do Congo e já sua exportação para o mercado internacional.
Questionado sobre as reclamações dos utentes do Consulado Geral de Portugal em Benguela, o governador prometeu abordar o assunto com as autoridades competentes, visando ultrapassar os constrangimentos no atendimento.
Aliás, lembrou que o Primeiro-ministro já terá sublinhado, no âmbito dessa visita a Angola, sobre a necessidade de se imprimir maior celeridade na concessão de vistos para Portugal aos cidadãos angolanos.
Ambiente de negócios
Por outro lado, assegurou que o ambiente de negócios em Angola tem vindo a melhorar consideravelmente, de forma a corrigir alguns entraves com que os empresários portugueses se debatem, como o repatriamento de capital.
Exemplo disso, vincou, é o investimento da classe empresarial portuguesa cada vez mais evidente no nosso país e na província de Benguela, em particular.
"São problemas que vão sendo ultrapassados (...). As coisas vão melhorar a partir de agora", finalizou, optimista, o governador provincial de Benguela. JH/CRB