Lobito – Algumas infra-estruturas sociais e económicas inoperantes ou em mau estado de conservação no município da Baía Farta, província de Benguela, podem começar a ser recuperadas a partir dos próximos meses, apurou esta quinta-feira a ANGOP.
Com efeito, uma comitiva chefiada pelo governador provincial de Benguela, Luís Nunes, está a trabalhar no referido município para constatar a realidade e definir um plano de actuação no sentido da conclusão de algumas obras sociais, reabilitação de vias de acesso e melhoria no fornecimento de energia e água.
Na comuna da Equimina, a 120 quilómetros da sede do município, um dos projectos mais críticos é o centro de apoio à pesca artesanal, que deixou de funcionar algum tempo depois da sua inauguração, a 17 de Dezembro de 2014.
O centro, entre outros equipamentos, conta com duas câmaras de congelação e tem capacidade para armazenar cinco toneladas de pescado.
Além disso, uma das paredes do armazém de arrumos e da sala de pesagem já está a ser corroída, devido ao bater das calemas, correndo o risco de ser derrubada.
Em relação a este assunto, o director provincial da Agricultura e Pescas, José Gomes, explicou que o empreendimento tinha sido adjudicado a um empresário que acabou por desistir devido aos avultados gastos com o consumo de combustível para o gerador de 250 kaveares.
Apontou como outro constrangimento, a desistência da Sonangol em abastecer combustível à comuna devido ao mau estado da via de acesso à localidade.
Para o reaproveitamento do centro, "perspectiva-se a entrega do empreendimento a uma gestão privada com capacidade financeira e técnica", afirmou.
Segundo José Gomes, na comuna da Equimina, o Gabinete Provincial da Agricultura e Pescas controla cerca de 400 pescadores artesanais.
Por outro lado, o centro de captação de água e a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), assim como a ponte sobre o rio Cimbo, são outras infra-estruturas que precisam de intervenção.
A ponte, que se encontra em mau estado de conservação, se reparada, vai facilitar a travessia da população, por ser uma zona agrícola, de acordo com o administrador ajunto para área técnica do município da Baía Farta, Miguel Domingos.
Foram igualmente vistos, um posto de saúde e outro policial, bem como uma escola de seis salas, todos a precisar de reparação.
Na Baía dos Elefantes, uma zona turística à beira mar, com 482 habitantes, a delegação constatou problemas referentes ao abastecimento de água potável, energia eléctrica, bem como nos sectores da Saúde e Educação, de acordo com o administrador local, João Biace.
À medida que a delegação ia visitando as infra-estruturas, o governador orientava o director do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística (GEPE), Miguel Lusolo, a tirar as pertinentes anotações, com vista a repor a funcionalidade das infra-estruturas.
Esta quinta-feira, a comitiva vai trabalhar também na comuna da Kalohanga, localizada a 160 quilómetros da sede do município.
O município da Baía Farta tem uma extensão territorial de seis mil e 744 quilómetros quadrados, incluindo as comunas de Dombe Grande, Kalohanga e Equimina.
As suas potencialidades resumem-se na pesca marítima, salinas, agricultura, pecuária e turismo. Tem uma população estimada em 136 mil e 297 habitantes, segundo dados actualizados da administração local. TC/CRB