Huambo – O governador da província do Huambo, Pereira Alfredo, considerou, esta sexta-feira, a conquista da paz como o alicerce seguro para “a verdadeira” reconciliação entre todos os angolanos engajados na reconstrução nacional, rumo ao desenvolvimento.
Numa mensagem de exortação, por ocasião do 64º aniversário do Dia consagrado aos Mártires da Repressão Colonial, que se assinala sábado, o governador sinalizou que a população deve manifestar um profundo respeito e reconhecimento por todos que sacrificaram as suas vidas, para que hoje os angolanos estivessem regozijados em viver num país livre, soberano e de paz.
Apelou à juventude a seguir o exemplo e a bravura dos heróis do 4 de Janeiro de 1961 e de outros nacionalistas que sempre defenderam a autodeterminação e a justiça social do povo angolano.
Pereira Alfredo afirmou que a celebração do 4 de Janeiro visa recordar todo o sacrifício consentido pelos Mártires da Repressão Colonial, a sua determinação, bravura e abnegação na luta contra todas as formas de dominação, opressão e exploração, com vista a independência da pátria angolana.
Sublinhou que o Governo da província do Huambo expressa, com a celebração do Dia dos Mártires da Repressão Colonial e em homenagem às vítimas do Massacre da Baixa de Cassanje, reconhecimento ao povo angolano por continuar a manter viva a chama da Independência Nacional e da liberdade.
Lembrou que foi a 4 de Janeiro de 1961, que milhares de camponeses da Baixa de Cassanje foram barbaramente massacrados pelo exército colonial português, em resposta da reivindicação da exploração a qual estavam sujeitos e que consistia na redução da jornada de trabalho, baixo custo de do preço do algodão e de outras formas de repressão.
Assinalou que a revolta dos camponeses da região da Baixa de Cassanje, na província de Malanje, contra o regime colonial português, contribuiu para reforçar a consciência de todos os angolanos que já lutavam pela conquista da liberdade, motivando-os para uma maior coesão.
Acrescentou que o acto permitiu a criação e coordenação de uma ampla frente, que serviu de antecâmara para o alcance do início da Luta Armada de Libertação Nacional, a 4 de Fevereiro de 1961, com impulso a conquista da Independência Nacional, a 11 de Novembro de 1975.
O 4 de Janeiro é marcado pela Revolta de Camponeses da Baixa de Cassanje, na província de Malanje, que ocorreu em 1961.
Este evento é considerado a primeira revolta contra o regime colonial português e um marco na luta pela Independência Nacional.
A revolta foi protagonizada pelos trabalhadores rurais da Companhia Geral dos Algodões de Angola (COTONANG) uma empresa angolana com participação belga. ALH