Luanda - Angola foi um dos países africanos que registou os maiores progressos em termos de governação durante o período de 2014-2023, de acordo com o índice Ibrahim, publicado esta quarta-feira.
Um relatório on-line divulgado a partir da sede da Fundação Mo Ibrahim, em Londres, refere que apesar do abrandamento do progresso a partir de 2019, Angola foi o quinto país que mais melhorou ao longo da década, atrás apenas das Seicheles (1.º lugar), Gâmbia (20.º), Somália (53.º) e Serra Leoa (23.º).
Angola subiu nove posições na escala continental de Governação Geral, de 45.º para 36.º lugar, graças a melhorias em 15 das 16 subcategorias entre 2014 e 2023.
O relatório diz que na subcategoria Anticorrupção, Angola melhorou em cinco dos seis indicadores subjacentes, alguns dos quais de forma acentuada, enquanto outros países com pontuações mais elevadas registaram grandes descidas, como os casos do Botswana, África do Sul e Maurícias.
Os dados provêm de 49 fontes independentes e baseia-se em 322 variáveis, agrupadas em 96 indicadores de governação, que estão organizados em 16 subcategorias e quatro categorias principais: Segurança e Estado de Direito; Participação, Direitos e Inclusão; Fundação de Oportunidades Económicas; Desenvolvimento Humano.
Este estudo permite atribuir pontuações e identificar tendências específicas ao nível continental, regional e nacional africano em áreas como a segurança, justiça, direitos civis, ambiente económico e saúde.
O Índice da Ibrahim de Governação Africana é publicado bianualmente desde 2007 e avalia o desempenho da governação pública de 54 países africanos ao longo de períodos de 10 anos. ADR