Menongue - O comandante da Região Militar Sudeste das Forças Armadas Angolanas (FAA), tenente-general Remígio do Espírito Santo, aconselhou, em Menongue, os jovens militares da sua corporação a investigar mais sobre a Batalha do Cuito Cuanavale.
O oficial general falava em recente entrevista à ANGOP, por ocasião da dupla efeméride dos 36 anos da vitória da Batalha do Cuito Cuanavale e da sexta edição do Dia da Libertação da África Austral, que se assinala este sábado, 23 de Março.
Segundo o general, os jovens militares devem dedicar-se e estudar mais, para perceberem melhor como as Forças Armadas de Libertação de Angola (FAPLA) e a juventude daquele tempo venceram o inimigo, apesar da sua superioridade técnica e tecnológica.
Explicou que, na Batalha do Cuito Cuanavale, o amor à pátria foi determinante para a vitória das FAPLA sobre o então poderosíssimo Exército sul-africano, para a surpresa de todos em África e no mundo.
Na guerra, prosseguiu, uma das coisas mais importantes para alcançar a vitória é, sobretudo, o moral do pessoal, porque “não basta ter armas potentes, modernas”.
“Se o pessoal não tiver a convicção da moral de vencer o inimigo, nunca irá vencê-lo. Logo, apesar de a África do Sul ter uma superioridade técnica e tecnológica na altura, o nosso moral determinou a vitória no combate”, realçou.
O general entende que se o Exército sul-africano tivesse saído vitorioso, no Cuito Cuanavale, abriria caminho para a implantação do regime do apartheid nalgumas regiões de Angola e de África.
A Batalha do Cuito Cuanavale, que decorreu de 15 de Novembro de 1987 a 23 de Março de 1988, é consensualmente descrita como o maior confronto militar da guerra civil angolana e o mais prolongado de África, desde a II Guerra Mundial. MSM/FF/IZ