Huambo – A preparação integral dos militares para os cenários humanitários de paz e estabilidade constitui uma necessidade imperiosa dos exércitos, considerou o chefe da Direcção Principal de Preparação de Tropas e Ensino das FAA, tenente-general Samuel Nzinga Emília.
Segundo o oficial das Forças Armadas Angolanas (FAA), essa necessidade é colocada, de forma permanente, rigorosa e inequívoca, a todos os exércitos que desejam manter a defesa dos espaços geográficos, geopolíticos e geoestratégicos, em conformidade com os respectivos ordenamentos jurídicos dos Estados.
O chefe da Direcção Principal de Preparação de Tropas e Ensino do Estado-Maior General das FAA falava no encerramento da XVI Reunião Metodológica de Ensino Militar e Preparação das Tropas dos três ramos (Exército, Força Aérea e Marinha de Guerra).
Afirmou que a preparação das tropas não se consubstancia apenas na articulação dos homens e meios num mesmo plano de acção, mas na associação de outras componentes importantes sem as quais o efectivo e os equipamentos podem fracassar até certo ponto.
Explicou que esse fracasso pode acontecer acções que impliquem o desgaste excessivo de energias físicas e psicológicas.
Nesta conformidade, disse ser necessário o envolvimento, em grande medida, dos aspectos da componente histórica, do amor e da fidelidade à Pátria, do respeito aos símbolos nacionais e à memória dos antepassados.
Para o tenente-general, isso confere inspiração profunda aos militares, para que tenham determinação, coragem, dedicação e sacrifício por aquilo que juraram defender e, se necessário for, doar a própria vida.
“Estes sentimentos tão altos e profundos só são conseguidos no campo da preparação dos militares, para suportarem os enormes sacrifícios”, enfatizou.
Salientou que o ano de instrução 2022/2023, iniciado em Março último, abriu uma nova etapa ao longo da qual será necessário continuar a treinar as unidades militares, no âmbito do aperfeiçoamento das capacidades e habilidades das tropas, para garantir com êxito as futuras missões.
Por isso, orientou a tomada, a todos os níveis, das melhores medidas de controlo do efectivo e da sua participação efectiva e consciente em todas as aulas, treinos e manobras.
Samuel Nzinga Emília recomendou ainda aos militares das FAA que continuem leais ao espírito que sempre os norteou no cumprimento da missão de servir e defender o país.
Em dois dias, os participantes analisaram, entre outros, as acções de formação realizadas ao longo de 2021 pelo Estado-Maior General das FAA e pelos três ramos, na perspectiva das novas estratégias para o sector.