Libreville (do enviado especial) - O orçamento para as necessidades da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) referentes a 2021 está estimado em USD 75.781.406,54 (setenta e cinco milhões, setecentos e oitenta e um mil quatrocentos e seis dólares e cinquenta e quatro cêntimos).
O valor foi apresentado na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), na qual participa o Presidente da República, João Lourenço.
O dinheiro é proveniente das contribuições dos Estados membros, bem como do apoio dos parceiros internacionais da organização regional.
Do plano de acções prioritárias da CEEAC para 2021 consta a operacionalização do mercado comum, melhoramento do ambiente dos serviços e das capacidades produtivas, reforço da cooperação económica, monetária e financeira e desenvolvimento das capacidades estatísticas.
Relativamente ao plano estratégico indicativo de médio prazo 2021-2025, realce para a integração política, paz e segurança económica, monetária e financeira, ambiental e desenvolvimento rural, bem como a continuidade das reformas institucionais da comunidade, entre outros.
A cimeira, que termina ainda hoje, está a analisar assuntos de carácter financeiro, paz e estabilidade, desenvolvimento económico e social dos Estados membros.
Cooperação política e paz
Abordado sobre o assunto pela imprensa, em Libreville, o presidente da Comissão da CEEAC, o angolano Gilberto Veríssimo, defendeu a cooperação política, paz, segurança e estabilidade como factores para integração e desenvolvimento sustentável da região.
“Sem paz e segurança não podemos encontrar o desenvolvimento humano e social”, asseverou.
Considerou ser muito difícil a região desenvolver-se enquanto tiver o número de refugiados e deslocados que tem.
A CEEAC foi criada em Dezembro de 1981, em Libreville, Gabão, onde está a sede, e tornou-se operacional em 1985.
Tem como objectivos a promoção do desenvolvimento auto-sustentável, com particular ênfase na estabilidade económica e melhoria da qualidade de vida.
Fazem parte da organização Angola, Burundi, Camarões, República Centro-Africana, República do Congo, República Democrática do Congo, Guiné Equatorial, Ruanda, São Tomé e Príncipe, Tchad e Gabão.