Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, regressou esta quarta-feira, ao país, proveniente do Rio de Janeiro (Brasil), onde participou da 19.ª Cúpula do G20, realizada entre 18 e 19 de Novembro.
No Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, o Chefe de Estado, acompanhado da primeira-dama, Ana Dias Lourenço, recebeu cumprimentos de boas-vindas da Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, e de outras individualidades.
Na "Cidade Maravilhosa", João Lourenço manteve um encontro de trabalho com o seu homólogo do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, com a cooperação bilateral no centro da conversa.
O estadista angolano, por outro lado, recebeu os presidentes do Conselho Europeu e do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), respectivamente, Charles Michel e Akinwumi Adesina, a directora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, e o CEO do Grupo Industrial Farmacéutico EMS, Carlos Sánchez.
Participou da Declaração de Líderes e manteve uma breve conversa com o seu homólogo norte-americano, Joe Biden.
Na cúpula que juntou 55 delegações de 40 países e de15 organismos internacionais, enquanto observador convidado, João Lourenço discursou nos temas “A Aliança Global de Combate à Fome e à Pobreza” e “Transição Energética”.
Na sua intervenção, no primeiro dia do evento, o Chefe de Estado afirmou ser imperioso olhar-se para a questão do combate à fome e à pobreza, sob a mesma óptica e com a mesma sensibilidade.
Para João Lourenço, a fome é um flagelo que afecta fundamentalmente os países em vias de desenvolvimento, mas não se trata de um mal exclusivo destas geografias, pois o fenómeno é observado, também, em países desenvolvidos, industrializados e com um grande Produto Interno Bruto (PIB).
Sobre a “Transição Energética” disse que Angola tem vindo a levar "muito a sério" o seu programa de acção climática, de modo a contribuir de forma efectiva para a redução dos efeitos adversos da poluição ambiental.
Esclareceu, para o efeito, que 64% da energia produzida em Angola é gerada por fontes limpas, das quais 60% provêm de barragens hidroeléctricas e 4% de parques fotovoltaicos de energia solar.
O G20, criado em 1999, integra os oito países considerados os mais ricos e influentes do mundo (o G8), designadamente Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia.
Compõem também o grupo 11 emergentes que são África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, México e Turquia, com o estatuto de permanentes.
De igual modo estão a União Europeia e a União Africana, esta que passou à condição de permanente na última cimeira realizada na Índia, em Setembro de 2023.
A 19.ª Cúpula do G20 na qual o Chefe de Estado angolano, João Lourenço, participou como convidado, encerrou esta terça-feira (19), com a passagem da Presidência do Brasil para a África do Sul, cujo mandato se inicia a 1 de Dezembro próximo. VIC